Numa altura em que as técnicas de fertilização in vitro e outras demais permitem resolver os problemas de reprodutividade que tanto assombram os casais, torna-se importante alertar para a necessidade de cuidados básicos, como a alimentação e exercício físico.
Quem o diz é a médica ginecologista do IVI Lisboa, Catarina Godinho. Para esta especialista, “determinados estilos de vida são cada vez mais reconhecidos como negativos” para o sistema reprodutivo, uma vez que “podem afetar não só a saúde reprodutiva, como também a eficácia das técnicas reprodutivas”.
Enquadram-se, aqui, o excesso de peso, o consumo de tabaco, de álcool e de cafeína e ainda o stress constante. Mas não só. O exercício físico é também fundamental para uma boa saúde reprodutiva e para atenuar ou anular as consequências de outros hábitos menos saudáveis.
Diz a especialista que “esta influência [do estilo de vida] é relevante até cerca três a quatro meses antes da conceção, aquando a formação e maturação dos gâmetas”. E não é só a mulher que deve ter atenção: “Tanto o homem como a mulher podem comprometer a sua capacidade reprodutiva ao acumular vários destes fatores no seu dia-a-dia”.
Contudo, lê-se num texto enviado esta sexta-feira à redação, a “idade feminina” é outro fator que interfere com a reprodutividade, mas “contra o qual não há qualquer modificação do estilo de vida que o possa contrariar além de se alertar para essa situação”.