Para tentar dar resposta a estas perguntas e perceber qual é, afinal, a melhor idade para se ter, a BBC Future foi vasculhar a literatura científica. Damos-lhe a conhecer o que desvendaram.
Forma física: Para atividades que exigem muita energia, o melhor é estar na casa dos 20 anos, já que o declínio dessa capacidade vem logo depois dessa idade. Ainda assim, há atletas que se tornam tão 'viciados' nessas 'explosões' de energia exigidas por determinada atividades físicas que conseguem permanecer ativos até aos seus 70 anos, às vezes mais.
Memória: Depois dos 20 anos, a capacidade de incluir novas informações na memória entra em declínio. Segundo a literatura analisada pela BBC é até possível que a memória comece a perder o seu 'brilho' antes dos 20 anos.
Já a memória de trabalho, ou memória de curto prazo, pode manter-se estável durante muitos anos mas, pode começar a entrar em declínio por volta dos 40 anos. É nesta altura que também atingimos o auge da nossa criatividade.
Apesar da perda de memória, a aprendizagem e o raciocínio social melhoram com o passar dos anos.
Aprender coisas novas pode até demorar mais tempo mas a compreensão escrita e aritmética, por exemplo, melhoraram até à meia-idade.
“Não existe nenhuma idade em que estejamos no auge de tudo – nem na maior parte das coisas”, afirma Josh Harshorne, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, que conduziu boa parte da investigação sobre esta questão.
Sexualidade:Segundo um estudo que examinou “a expetativa da vida sexual ativa”, os homens com 55 anos podem esperar 15 ou mais anos de sexo relativamente frequente, enquanto as mulheres dessa idade ainda têm pouco mais de uma década de relações sexuais frequentes pela frente. Mais ou menos vigoroso, segundo este estudo, 30% das pessoas saudáveis com idades entre os 65 e os 74 anos ainda fazem sexo pelo menos uma vez por semana.
O pico sexual ocorre aos 20 e poucos anos, o auge da forma física aos 30 e poucos, o auge da mente aos 40 e 50 e a felicidade aos 60. Mas, isto são apenas médias, e cada pessoa tem uma trajetória diferente. O mais importante é, de facto, reconhecer que o avançar da idade traz doses semelhantes de altos e baixos. Ou seja, não existe um auge definitivo na vida.
