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Enfermeira deixa alerta: Sono das crianças "continua a ser negligenciado"

Para Joana Marques, especialista em saúde infantil e pediatria, o sono continua a ser considerado "um parente pobre da saúde".

Enfermeira deixa alerta: Sono das crianças "continua a ser negligenciado"
Notícias ao Minuto

18:31 - 24/05/24 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Sono

Estima-se que cerca de 40% dos pais reportem problemas de sono no primeiro ano de vida da criança. Porém, e apesar do sono ser um indicador de saúde e de qualidade de vida, "continua a ser negligenciado pelas famílias e instituições educativas", diz a enfermeira Joana Marques, especialista em saúde infantil e pediatria.

"Apesar do sono ser um importante indicador de saúde e qualidade de vida e embora todos saibamos o que é uma noite mal dormida, negligenciar o sono continua a ser uma realidade para muitas famílias", alerta, num comunicado a propósito do Dia Mundial da Criança, que se assinala a 1 de junho. 

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"Sabe-se que, em Portugal, a maior parte das crianças não consegue completar o tempo de sono recomendado para a sua idade", refere também, sublinhando que "os problemas de sono iniciados na infância e, muitas vezes arrastados até à idade adulta, são já considerados um problema de saúde pública, influenciando não só a saúde física, como a mental".

Na opinião da especialista, existem três principais fatores que demonstram a realidade de o sono ainda ser considerado "um parente pobre da saúde":

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1- Em primeiro lugar, "a inexistência de cursos de preparação para a parentalidade que abordem o tema do sono do bebé - e os que abordam, pouco aprofundam o que realmente é importante saber sobre o que é esperado nos primeiros meses de vida e as estratégias a adotar para promover um bom sono".

2- Outro aspeto apontado por Joana Marques é a falta de formação sobre este tema dos profissionais de saúde e de educação que acompanham as crianças, como médicos, enfermeiros, professores e educadores de infância. "Quando verificamos os conteúdos dos cursos base destes profissionais é preocupante perceber que são lançados no mercado de trabalho com pouco ou nenhum conhecimento sobre sono infantil." "Como conseguem estes profissionais ajudar e orientar os pais para bons hábitos de sono desde os primeiros meses de vida quando não têm formação nessa área?", questiona a especialista.

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3- Por último, a existência de "uma negligência clara face às necessidades das crianças nas escolas no que se refere ao sono". Para a enfermeira, existe uma "contradição entre a saúde e a educação nas escolas". Se, por um lado, se exige cada vez mais das crianças e cada vez mais cedo - não só em termos no desempenho escolar, como desportivo - por outro lado, a ciência é clara quando informa que uma criança que não dorme bem, não está (tão) disponível para a aprendizagem, tem menos atenção, compromisso da memória e do sistema imunitário (favorecendo o aparecimento de doenças)." Perante esta realidade, Joana Marques considera que "o Ministério da Educação (ainda) não sabe o impacto da privação de sono na saúde e aprendizagem, pois acredito que no dia em que essa informação lhes chegar, vão querer o melhor para as nossas crianças - e o melhor é promover a cultura do sono nas nossas escolas, algo que, que neste momento, não existe".

Para a enfermeira, é fundamental que se adotem estratégias promotoras e protetoras do sono desde os primeiros meses de vida, sendo este um indicador de saúde e de qualidade de vida. "As estratégias existem e é importante falar sobre elas com os pais e com a população em geral. Considero que a prevenção é a chave para um sono saudável e para uma família física e emocionalmente equilibrada. Não tenho dúvidas de que quando o sono for visto como saúde e não como uma doença ou problema a sociedade muda."

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