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Monkeypox pode deixar (graves) sequelas que limitam o dia a dia

Todos os cuidados são poucos.

Monkeypox pode deixar (graves) sequelas que limitam o dia a dia
Notícias ao Minuto

22:00 - 04/08/22 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Vírus Monkeypox

Os primeiros sintomas da infeção por Monkeypox são tão discretos que podem facilmente ser menosprezados. No entanto, alguns investigadores associam a doença a problemas de visão e inflamação cerebral, conhecida como encefalite, sobretudo em grupos de risco e crianças.

Em entrevista, à Folha de S.Paulo, a virologista Clarissa Damaso, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e  assessora da Organização Mundial da Saúde, indiciou que "de todas as sequelas da varíola dos macacos", a conjuntivite "talvez seja a mais comum".

Esta  inflamação da mucosa que reveste a face interna das pálpebras e a esclerótica do olho esteve presente em 23% dos pacientes identificados em surtos entre 2010 e 2013 no Congo. Os casos de conjuntivite foram ainda mais frequentes em crianças com menos de 10 anos que apresentavam dor de garganta, náuseas e sensibilidade à luz.

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Esta condição, por sua vez, aumenta o risco de cicatrizes que podem levar à perda de visão. Um estudo que analisou cerca de 330 doente entre 1981 e 1986 na atual região do Congo, revela que pessoas infectadas por animais ficaram com sequelas mais graves do que aquelas que contaminadas por outros humanos.

Outra complicação associada à Monkeypox em estudos feitos no passado é a encefalite, que consiste numa irritação e inchaço do cérebro, quase sempre causada por uma infeção. Febre não muito elevada, cefaleias moderadas, fadiga e perda de apetite são alguns dos sintomas mais comuns.

Trata-se de uma condição rara, mais comum no primeiro ano de vida. Porém, as formas mais graves ocorrem em jovens e idosos. 

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Recorde-se que, tendo em conta a extensão do surto a mais de 70 países, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a varíola dos macacos uma emergência global. Apesar da falta de consenso entre os membros do comité de emergência, a decisão foi anunciada a 23 de julho pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. 

De acordo com dados da Direção-Geral da Saúde (DGS), Portugal contabiliza 588 casos confirmados de infeção pelo vírus Monkeypox, 73 dos quais notificados na última semana.

O que fazer se apresentar sintomas de Monkeypox:

A DGS recomenda que quem apresente lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, procure aconselhamento médico e evite o contacto próximo com os outros. É ainda recomendada a higienização das mãos com regularidade.

O vírus Monkeypox foi descoberto, pela primeira vez, em 1958 quando dois surtos de uma doença semelhante à varíola ocorreram em colónias de macacos mantidos para investigação, refere o portal do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês).

O primeiro caso humano de infeção foi registado em 1970 na República Democrática do Congo, durante um período de esforços redobrados para erradicar a varíola. Desde então, vários países da África Central e Ocidental reportaram casos.

Apesar de a doença não requerer uma terapêutica específica, a vacina contra a varíola, antivirais e a imunoglobulina vaccinia podem ser usados como prevenção e tratamento. O tempo de incubação é, geralmente, de sete a 14 dias, e a doença, endémica na África Ocidental e Central, dura, em média, duas a quatro semanas.

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