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As principais doenças e causas de morte que mais afetam as mulheres

"De acordo com a revista The Lancet, Portugal tem uma das maiores taxas de sobrevivência ao cancro da mama, cerca de 85% aos cinco anos, e este resultado tem muito que ver com a medicina personalizada", afirma Adriana Terrádez, diretora da OncoDNA em Espanha e Portugal, num artigo de opinião que partilhou com o Lifestyle ao Minuto a propósito do Dia Mundial da Saúde da Mulher, que se assinala hoje, dia 28 de maio.

As principais doenças e causas de morte que mais afetam as mulheres
Notícias ao Minuto

07:00 - 28/05/20 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Dia Mundial da Saúde da Mulher

Há mais de 30 anos, a 28 de maio de 1987, foi comemorado o primeiro Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher, uma data criada para sensibilizar a população sobre as várias causas de doenças e morte que as mulheres enfrentam em todo o mundo. Patologias ginecológicas e oncológicas têm uma importante relevância neste dia, incluindo cancro da mama, ovário e útero.

Até o momento, neste século, foram feitos grandes avanços no tratamento e diagnóstico destas patologias, o que melhorou as taxas de sobrevivência dos doentes. De acordo com a revista The Lancet, Portugal tem uma das maiores taxas de sobrevivência ao cancro da mama, cerca de 85% aos cinco anos, e este resultado tem muito que ver com a medicina personalizada.

Estas doenças têm um poderoso componente genético que vale a pena desvendar com a ajuda de análises genómicas, que podem ser realizadas a partir de uma amostra de tumor (biópsia sólida) ou sangue (biópsia líquida). Estas amostras são extremamente úteis para oferecer aos especialistas em oncologia mais informações sobre o perfil molecular do tumor dos seus doentes e, portanto, para determinar o tratamento mais adequado para cada caso.

Por exemplo, alguns casos de cancro da mama e ovário estão intimamente relacionados a mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, que fazem parte do sistema de deteção e reparo de danos ao ADN, que quando alteradas acabam por desencadear a criação de tumores. Com o estudo genómico de cada caso, essas alterações podem ser detetadas ou não e, de acordo com os seus resultados, aplicar um tratamento ou outro.

Ou também optar por um dos ensaios clínicos que estão a ser realizados em muitos dos nossos hospitais, graças não apenas às informações detalhadas fornecidas por essas análises, mas também às ferramentas de big data que cada vez mais oncologistas utilizam e que permitem, entre outras funcionalidades, partilhar conhecimento on-line e ligar especialistas de todo o mundo.

Lembre-se de que nem todos os tumores são iguais, nem mesmo aqueles que estão localizados na mesma área do corpo, muitos têm alterações genéticas muito diferentes. A oncologia de precisão permite identificar as alterações que deram origem ao cancro e permite aos oncologistas encontrar o tratamento mais eficaz em cada caso, evitando possíveis efeitos secundários e terapias que não funcionam.

Com deteção precoce, terapia personalizada e acompanhamento constante e adequado, as hipóteses de sobrevivência encontram-se acima dos 95% em algumas partes do mundo, algo praticamente impensável em 1987. De fato, se a I&D continuar a avançar ao mesmo ritmo, estaremos bem próximos de cronificar (no momento) algumas doenças que, há 30 anos, eram mortais para muitas das mulheres que sofriam com elas.

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