Mathew, que chefia o departamento de neurocirurgia do Hospital NHS Trust da Universidade Hull, no Reino Unido, contou ao jornal The Telegrah que uma cabeça pode ser anexada a outro corpo se toda a medula espinhal for juntamente transplantada. “Se transplantar o cérebro e manter o cérebro e a medula espinhal juntos, na verdade não é impossível. A ideia de cortar a medula espinhal é totalmente ridícula. É absolutamente peremptório manter o cérebro conectado à medula espinhal”, afirmou.
Todavia, esse procedimento não é (obviamente) tarefa fácil e a possibilidade de conectar uma coluna vertebral inteira ainda não é uma realidade. Contudo, Mathew acredita que em dez anos tal pode ser possível, devido à rápida evolução das tecnologias cirúrgicas.
“Atualmente, é possível vincular um ou dois nervos, mas, com robótica e inteligência artificial, brevemente seremos capazes de produzir 200 nervos”, explicou o médico.
Mais ainda, é necessário tem em mente que os primeiros transplantes do género estarão possivelmente sujeitos a inúmeras complicações, desde a rejeição pelo corpo do destinatário, devido à grande quantidade de material doador. Porém, Mathew sugere que para evitar esses percalços deverá proceder-se à transferência de bactérias intestinais, juntamente com a cabeça, medula espinhal e células-tronco, de modo a garantir que haja uma maior probabilidade do transplante ser aceite.