Cerca de 50% dos doentes com insuficiência cardíaca grave têm anemia
Maio - Mês do Coração: o diagnóstico atempado e a correção da anemia e da ferropénia representam uma mais-valia.
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O estudo EMPIRE comprovou que a prevalência da anemia na população portuguesa adulta é muito maior do que a OMS previa. A prevalência estimada de 15% é na realidade de 20.4%, constituindo, por isso, um problema de saúde pública. Em cerca de metade dos casos a anemia é ferropenica.
A ferropenia com ou sem anemia também é uma comorbilidade frequente nos doentes com insuficiência cardíaca crónica. Cerca de 50% dos doentes com IC grave têm anemia e muitos têm ferropenia mesmo na ausência de anemia. Este é um alerta do Anemia Working Group Portugal (AWGP) no âmbito do mês de maio, mês do coração. É importante que a população em geral, profissionais de saúde bem como decisores políticos, estejam sensibilizados para esta questão.
A anemia quando presente – a prevalência em maior nos casos mais graves de IC- agrava o prognóstico da insuficiência cardíaca, mas mais importante que a anemia é a ferropénia, quer se acompanhe de anemia quer não. Cândida Fonseca, cardiologista e membro do AWGP, refere “esquecemo-nos muitas vezes de corrigir a anemia e a mais forte razão a ferropenia, nestes doentes”. No entanto, a investigação demonstrou que, quando se corrige a ferropenia e a anemia em doentes com insuficiência cardíaca, há ganhos no prognóstico; a qualidade de vida melhora significativamente e a taxa de internamentos diminui. Para o doente, “o diagnóstico atempado e a correção da anemia e da ferropénia representam uma mais-valia pelo que é imprescindível fazer o rastreio sistemático destas situações aquando do primeiro diagnóstico de IC”.
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