Fármacos para a hipertensão contêm químico que provoca cancro

As drogas em questão estão à venda em Portugal.

Fármacos para a hipertensão contêm químico que provoca cancro

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Liliana Lopes Monteiro
04/01/2019 09:00 ‧ 04/01/2019 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Alerta saúde pública

No Reino Unido, os pacientes cardíacos estão a ser aconselhados para pararem de tomar medicação para o tratamento da pressão alta – após consultarem um médico – que contenha a substância irbesatan, que também está disponível em fármacos vendidos em Portugal.

Mais ainda, as farmácias britânicas estão a ser aconselhadas a enviarem de volta para o fornecedor quaisquer lotes de medicação que contenham irbesatan.

A Agência de Regulação de Produtos de Saúde (Healthcare products Regulatory Agency – MHRA) teme que determinadas drogas usadas para combater a hipertensão incluam na sua composição impurezas cancerígenas.

A MHRA salienta que até ao momento não existem evidências científicas de que a medicação esteja de facto a prejudicar os pacientes.

Sam Atkinson, médico e diretor de inspeção da MHRA, disse em declarações ao The Telegraph: "A nossa prioridade é garantir que estes fármacos são sem dúvida alguma seguros”.

“A nossa investigação relativamente ao elemento sartan, e a fármacos como irbesatan que o incluem, não está concluída, ainda estamos a descortinar informação acerca da sua segurança ou não para os doentes”.

Os sartans são um tipo de medicação utilizado para tratar a pressão alta, em pacientes que sofram ataques cardíacos ou insuficiência cardíaca.

Já no início do passado mês de dezembro havia sido lançada uma investigação em toda a Europa acerca de outro tipo de drogas que continham sartans com potencial cancerígenonomeadamente o valsatran, também à venda em Portugal.

“Devido ao risco também associado à paragem súbita da toma deste tipo de medicação, aconselhamos os doentes a consultarem um médico de modo a manifestarem quaisquer preocupações que possam ter”, referiu Atkinson.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) e outras entidades reguladores da UE estão atualmente a trabalhar em conjunto e a investigar a dimensão do problema, assim como o possível impacto para os pacientes.

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