Será que certas posições sexuais influenciam probabilidade de engravidar?

São muitos os mitos em torno do sexo e da gravidez… e um dos mais populares é a suposta existência de certas posições que favorecem ou diminuem as chances de fecundação – mas o quanto será mito e o quanto será facto?

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Liliana Lopes Monteiro
18/07/2018 22:00 ‧ 18/07/2018 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Mitos

De acordo com dois especialistas, em declarações para a BBC Mundo, não existem de facto dados científicos sobre a influência da postura sexual no aumento das hipóteses de fecundação.

"Mais do que as posições, o mais eficaz é o homem manter quatro a cinco dias de abstinência sexual para que a concentração de espermatozóides seja maior e que a relação ocorra nos dias de maior fertilidade da mulher", explica Mariano Rosselló Gayá, especialista em saúde do homem no Instituto de Medicina Sexual, de Madrid.

Todavia, outros especialistas aconselham as mulheres que desejam engravidar a permanecerem deitadas de barriga para cima por 10 a 15 minutos após o ato sexual.

O objetivo desse repouso será permitir que a gravidade ajude os espermatozóides no caminho até às trompas de Falópio, onde se devem encontrar com o óvulo para que a conceção aconteça.

Mas Marian Chávez Guardado, diretora médica da clínica de reprodução assistida Amnios, de Madrid, discorda.

"Até ao momento, não há nenhum estudo científico que comprove que as mulheres que ficam deitadas ou com as pernas para cima após o ato sexual tenham uma maior probabilidade de engravidar, comparativamente às que não o fazem", afirma.

Ainda assim, Rosselló Gayá diz considerar que "apesar de não existirem provas científicas que validem o benefício dessas medidas, estar deitada propicia o repouso e calma após o ato", impactando dessa forma na probabilidade de fecundação.

E de pé?

Segundo a mesma lógica de raciocínio, manter relações sexuais de pé e permanecer igualmente de pé após o ato reduziria as possibilidades dos espermatozóides alcançarem as trompas, e daí as chances de gravidez seriam menores.

Chávez Guardado nega essa possibilidade com veemência: "Os espermatozóides possuem mobilidade própria, independentemente da gravidade".

"O que importa é a concentração de espermatozóides com mobilidade progressiva no esperma, não a força da gravidade."

Os espermatozóides percorrem um caminho árduo de cerca de 20 centímetros até atingirem a trompa de Falópio. Dentre os 39 a 300 milhões de espermatozóides que integram uma ejaculação normal, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), menos de 10 mil chegam ao óvulo, para que um deles o possa fecundar.

 

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