Foi à conversa com Júlia Pinheiro que Judite Sousa lembrou o polémico momento que protagonizou em Pedrogão Grande, na sequência dos grandes incêndios ocorridos neste local. Aí, a jornalista fez uma peça ao lado de um cadáver, o que lhe mereceu muitas críticas.
"Fui cruelmente atacada pelos meus colegas por causa da história de Pedrogão. A crueldade que me fizeram foi obscena. Destruíram-me profissionalmente e emocionalmente. Em 2017 fui assassinada profissionalmente", começou por dizer.
No livro 'Pedaços de Vida', a obra que Judite irá lançar no próximo dia 23 de janeiro, a jornalista conta toda a verdade sobre este episódio sobre o qual diz estar de "consciência tranquila".
"Mostrei ao país e ao mundo a verdade. Não fiz censura. Não mostrei um corpo destapado, mostrei um corpo tapado com um lençol e não disse se era homem, se era mulher, não dei referências nenhumas que pudessem ser questionáveis do ponto de vista ético", acrescentou.
Por fim, a jornalista refere que, de forma a "atacá-la", associaram a maior infelicidade da sua vida a este episódio: "Compararam a morte do meu filho com Pedrogão, fizeram-no durante anos. Os meus colegas fizeram memes com a cara do meu filho em cima daquele corpo".
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