Sucesso da EDP não depende do modelo de governação
O presidente executivo da EDP, António Mexia, considerou esta segunda-feira que uma eventual alteração do modelo de governação "compete exclusivamente aos accionistas" e salientou que se o actual modelo não servisse, a empresa não seria um caso de sucesso.
© REUTERS
Empresas e Finanças Geral
A eventual alteração do modelo de governação da EDP "compete aos accionistas, mas não é disso que depende o sucesso da companhia", disse António Mexia aos jornalistas, durante uma visita da Comissão Parlamentar de Economia e Obras Públicas às duas centrais hidroeléctricas do Alqueva, no Alentejo, acrescentando que se o actual modelo não servisse os interesses da empresa, a eléctrica não seria "a maior empresa portuguesa" e "o maior investidor em Portugal".
Segundo a edição de hoje do jornal Diário Económico, a accionista maioritária, a China Three Gorges, e o presidente do conselho geral e de supervisão da EDP, Eduardo Catroga, querem alterar o actual modelo de governação da eléctrica nacional, para garantir um papel mais direito na gestão do grupo eléctrico nacional.
Questionado pelos jornalistas sobre se o modelo de governação da EDP pode vir a ser alterado, António Mexia respondeu que isso "depende dos accionistas".
"Eles que decidam. Isso é uma questão que lhes diz exclusivamente respeito", disse, referindo que nunca comentou nem vai começar a comentar agora assuntos "da exclusiva responsabilidade dos accionistas", argumentando que "aos órgãos de gestão compete gerir e aos accionistas [compete] tomar as decisões que entenderem do ponto de vista do modelo" de governação.
Questionado sobre se o actual modelo de governação serve os interesses da eléctrica nacional ou seria necessário pensar outro, António Mexia respondeu que "se não servisse os interesses da EDP, a EDP teria tido problemas, mas o que é facto é que a empresa hoje é a maior empresa portuguesa, é o maior investidor em Portugal e tem tido imenso sucesso".
"E o sucesso das empresas não depende dos modelos de governação. Depende daquilo que é os accionistas estarem por trás de uma visão. Acho que temos [EDP] tido uma visão única, uma performance muito superior àquilo que é o resto do sector a nível europeu e temos um caso distintivo".
A Lusa contactou o actual presidente do conselho de supervisão da EDP, Eduardo Catroga, que se escusou a comentar a notícia avançada pelo Diário Económico.
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