Governo acompanha Ricon "com máxima proximidade e preocupação"
O secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, garantiu hoje que o Governo está a acompanhar "com a máxima proximidade e preocupação" a situação dos quase 800 trabalhadores do grupo Ricon, que receberam esta semana cartas de despedimento.
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Economia Empresas
"Todos os casos em que empresas desaparecem ou deixam de ter condições para laborar são naturalmente casos que têm que ser acompanhados com a máxima proximidade e a máxima preocupação", disse Miguel Cabrita em declarações à Lusa.
"O objetivo é sempre o de tentar salvar as empresas, de criar condições para que isso possa acontecer, seja encontrando novos investidores, seja alavancando as condições daquilo que é possível da política pública, quando esses mecanismos, associados ao dinamismo do lado da economia falham naturalmente que entra a parte da proteção social e essa parte é da maior importância", acrescentou.
O governante garantiu, assim, que o Ministério do Trabalho e da Segurança Social está a dar um "acompanhamento muito próximo destas situações", encontrando para as pessoas soluções, seja do ponto de vista dos subsídios de desemprego, nos casos em que a ele tenham direito, seja procurando através do Instituto de Emprego e Formação Profissional encontrar ofertas de formação e novas ofertas de emprego para tão rapidamente quanto possível encontrar novos horizontes para estas pessoas.
"É este o nosso trabalho e é este o nosso objetivo que esperamos, naturalmente, possa ser bem-sucedido", disse
Os trabalhadores da Ricon, que se apresentou à insolvência em finais de 2017, receberam na segunda-feira as cartas de despedimento, tendo a empresa explicado, em comunicado, que a atividade do grupo "dependia de forma significativa da Gant, quer na vertente do retalho, cuja dependência era total, quer na vertente da indústria, cuja dependência era superior a 70% e que aquela marca "se mostrou totalmente intransigente e indisponível para negociar e/ou mesmo abordar e analisar" as propostas apresentadas.
O Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, pela voz do dirigente Francisco Vieira, referiu que, "neste momento, todas as soluções que aparecerem para garantir a continuidade das unidades são muito bem-vindas".
No entanto, o sindicalista considera que a hipótese de entrarem no processo novos investidores "é como um gato escondido com rabo de fora".
"As soluções aparecem no mercado, mas querem os trabalhadores com o conta-quilómetros a zero. O que se está a passar no Grupo Ricon é um exemplo daquilo que não deve ser feito", defendeu.
Para os trabalhadores, esclareceu o sindicalista, a vinda de novos investidores não representa perda de direitos.
"Eles [os trabalhadores que já foram despedidos] podem ser admitidos de novo, vão reclamar os seus créditos, requerer fundo de garantia salarial, estão muito bem posicionados para comer a melhor carne da peça, o património da Ricon", disse.
O passivo do grupo ronda os 33 milhões de euros.
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