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Grécia, convergência e combate à fraude são as prioridades para 2018
O comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, considerou hoje que as três prioridades para 2018 são a finalização do programa de assistência financeira da Grécia, a convergência económica e monetária e o combate à fraude fiscal.
© Reuters
Economia Moscovici
"As três prioridades para 2018 são concluir o programa de estabilidade da Grécia, garantir que a união económica e monetária é bem equipada com instrumentos para a convergência e continuar o combate à fraude, evasão e planeamento fiscais", disse o comissário na intervenção que fez sobre o futuro da Europa durante a conferência do Diário de Notícias 'Os compromissos de Portugal com a Europa', que hoje decorre em Lisboa.
Antes, o comissário tinha elogiado Portugal, considerando que a recuperação económica depois da saída da assistência financeira é "uma história de sucesso que os outros países europeus querem emular", mas acrescentou que isso não significa que não existam ainda desequilíbrios estruturais que é preciso combater.
Sobre a economia europeia, Moscovici considerou que "o crescimento é finalmente robusto", mas acrescentou que "muitas zonas estão ainda a experienciar crescimento baixo e pouco investimento".
"Por detrás dos desenvolvimentos encorajadores, há persistentes desigualdades e estas divergências traduzem-se em desigualdades económicas e sociais, por isso combatê-las não é só uma questão moral, é uma necessidade porque é isso que mina a promessa de prosperidade conjunta, e pode fazer subir o populismo", defendeu o comissário europeu com a pasta da Economia.
Sobre as três prioridades para 2018, Moscovici salientou que espera terminar o programa de assistência financeira à Grécia em agosto e vincou que a Comissão vai apresentar "propostas de iniciativas legais fortes", exemplificando com a criação do Fundo Monetário Europeu, em 2019, e o estabelecimento de um ministro das Finanças e Economia, que será também o presidente do Eurogrupo e comissário europeu desta área.
Sobre a terceira prioridade, o combate à fraude fiscal, Moscovici considerou que "a União Europeia é líder mundial nesta área" e sublinhou que o objetivo passa por "regras de transparência que obriguem algumas profissões a declarar quaisquer esquemas de planeamento fiscal", continuar a pressão sobre os paraísos fiscais e implementar "reformas estruturais no campo da fiscalidade e dos impostos para as empresas", nomeadamente para as companhias focadas na economia digital, cujos instrumentos específicos de taxação serão "apresentados em março".
"Se em 2018 conseguirmos fazer progressos decisivos nestas três áreas, então o próximo ano terá sido bom para o Eurogrupo e para a Europa", concluiu o comissário europeu.
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