Greve provoca queda de 10% em Santa Apolónia e 40% em Alcântara
A greve dos estivadores do porto de Lisboa teve um impacto negativo em 10% no rendimento do movimento em Santa Apolónia e em 40% em Alcântara, disse hoje o diretor executivo da Associação dos Agentes de Navegação de Portugal (AGEPOR).
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Economia Estivadores
Em declarações à Lusa, António Belmar de Castro, da AGEPOR, lamentou que a greve dos estivadores, que deveria acabar na segunda-feira (dia 22 de julho), tenha tido “um efeito muito prejudicial” para a economia portuguesa.
A greve dos estivadores iniciou-se a 25 de junho mas, entretanto, foi entregue um novo pré-aviso que a prolongou até 19 de agosto, “por mais quatro semanas”, disse à Lusa o presidente do Sindicato dos Estivadores do Centro e Sul de Portugal, António Mariano.
Este pré-aviso de greve contempla uma paragem limitada a uma hora por dia útil, entre as 15:00 e as 16:00 horas, em protesto contra o que consideram ser “violações ao contrato coletivo de trabalho”.
"Os patrões denunciaram o contrato coletivo de trabalho e uma série de protocolos assinados nas últimas duas décadas, não cumprem regras nenhumas, nomeadamente, no que se refere às regras de prioridade de contratação que não estão a ser respeitadas", explicou.
António Mariano disse ainda que a greve está a ser feita "essencialmente pelos trabalhadores do Porto de Lisboa, salvaguardando que "se eventualmente houver desvios de carga, os trabalhadores de Setúbal e da Figueira da Foz “não vão recolher essa carga".
Os patrões disseram à Lusa que apenas estão a cumprir a nova legislação que restringe o universo de trabalho considerado portuário.
O Governo, através do secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, afirmou-se surpreendido com a entrega do pré-aviso de greve marcado pelo sindicato dos Estivadores para 25 de junho por ocorrer numa altura em que "o Porto de Lisboa recuperou a sua atividade portuária, que sofreu uma quebra de 66% devido à greve de quatro meses, no início do ano".
Sérgio Monteiro lembrou então que uma paragem de duas horas num turno de oito horas representava uma quebra de 25% na atividade portuária.
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