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Exoneração de Isabel dos Santos faz reduzir influência no BCP e Galp

A exoneração de Isabel dos Santos da presidência do Conselho de Administração da Sonangol, hoje conhecida, reduz a influência da empresária no BCP e na Galp Energia, mas mantém investimentos nas telecomunicações, na banca e na energia.

Exoneração de Isabel dos Santos faz reduzir influência no BCP e Galp
Notícias ao Minuto

17:51 - 15/11/17 por Lusa

Economia Investimento

Quase dois meses depois de ter tomado posse, o Presidente angolano, João Lourenço, exonerou hoje Isabel dos Santos, filha do anterior chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, da presidência do Conselho de Administração da Sonangol, nomeando para o seu lugar Carlos Saturnino.

Com esta exoneração, a empresária angolana reduz o 'espectro' da sua influência em empresas portuguesas como o BCP e Galp Energia, com as quais mantinha ligação por via da Sonangol, que é acionista das duas empresas.

Em 30 de junho último, o grupo Sonangol detinha 15,24% do BCP e controlava a Esperaza Holding BV, que juntamente com as empresas da família de Américo Amorim, compõem a Amorim Energia (em 45%/55%), que detém 33,34% da petrolífera portuguesa. Isabel dos Santos mantém uma participação minoritária na Esperaza Holding BV, desconhecendo-se qual a posição.

Nos últimos anos Isabel dos Santos reforçou a sua 'posição acionista' no mercado português, nomeadamente em setores como as telecomunicações, onde tem uma posição na NOS - ainda tentou comprar a PT SGPS, atual Pharol, quando em 09 de novembro de 2014, através da Terra Peregrin, lançou uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a totalidade das ações por 1,21 mil milhões de euros.

Tudo começou em 20 de dezembro de 2009, quando a empresária, através da Kento Holding Limited, ficou com 10% da ZON Multimédia. Em maio de 2012, a Unitel International Holdings B.V. adquiriu 19,24% da operadora, no âmbito de movimentações que tinham como cenário uma possível fusão com a Optimus, da Sonaecom, do grupo Sonae.

Em dezembro de 2012, a Sonaecom e Isabel dos Santos tornaram público a operação de fusão, que viria a dar origem à NOS, operadora controlada pela ZOPT, de que são acionistas a empresária angolana e o grupo português liderado por Paulo Azevedo.

A empresária é ainda a maior acionista do EuroBic, controlado pelo BIC Angola, e onde Isabel dos Santos tem 42% do capital, após ter comprado uma parte do capital que pertencia ao empresário Américo Amorim.

O empresário português foi aliás, entre 2005 e 2010, o grande parceiro de negócios da filha mais velha de José Eduardo dos Santos, quer na área financeira (através do banco BIC), quer na Galp Energia.

Em outubro de 2015, a empresária angolana passou a controlar o grupo industrial Efacec, que opera nas áreas da engenharia, energia e da mobilidade.

No início deste ano, depois um longo processo de negociações, Isabel dos Santos saiu da estrutura acionista do BPI, com a concretização da venda parcial do BFA - Banco Fomento de Angola à Unitel, empresa detida pela empresária, para que o BPI pudesse cumprir a exigência do Banco Central Europeu (BCE) de reduzir a exposição a Angola, onde Frankfurt considera que a supervisão não é equivalente à europeia.

Entretanto, um mês depois, na sequência da OPA que deu o domínio do BPI ao grupo espanhol CaixaBank, a 'holding' angolana Santoro, de Isabel dos Santos, até àquela data a segunda maior acionista do banco com 18,5%, deixa de ter participação nesta entidade financeira.

Relativamente aos cerca de 2% que o Banco BIC - que desde julho passou a denominar-se de EuroBic (Isabel dos Santos é acionista de referência) - detinha no BPI, a mesma terá sido alienada.

A filha do ex-presidente de Angola teve ainda uma parceria com o grupo Sonae para a abertura de uma cadeia de supermercados em Angola, o que não se veio a concretizar-se, tendo a empresário avançado sozinha. Em abril deste ano, Isabel dos Santos inaugurou o segundo hipermercado Candando en Angola, um ano depois de se ter estreado no negócio. A rede Candando pertence ao grupo Contidis, da qual é proprietária e é liderada pelo português Miguel Osório, ex-quadro da Sonae e diretor-geral do projeto.

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