Lucros da REN sobem 30,7% para 53 milhões de euros
A REN - Rede Energéticas Nacionais obteve lucros de 53 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, mais 12,4 milhões (30,7%) do que no mesmo período de 2016.
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Economia Primeiro semestre
"O resultado líquido cresceu 12,4 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, impulsionado pela eficiência operacional e por um sólido desempenho financeiro, sustentado no recuo do custo médio da dívida para 2,6%, face aos 3,5% registados no primeiro semestre de 2016", afirma a REN num comunicado enviado à comunicação social, após ter divulgado os resultados ao mercado.
A empresa afirma que "o desempenho financeiro continua a ser afetado pelo efeito negativo da Contribuição Extraordinária do Sector Energético [CESE], a qual totalizou neste período o montante de 25,8 milhões de euros".
Os impostos pagos pela REN totalizaram 53,7 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, mais 2,6 milhões do que os 51 milhões pagos no mesmo período de 2016. Desse total, a CESE representou 25,8 milhões este ano.
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) aumentou 1% para 242,7 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano, "refletindo a contribuição da participação que a REN tem na chilena Electrogás", concretizada no primeiro trimestre deste ano.
"Porém, o resultado foi negativamente afetado pela descida da remuneração da base de ativos regulados do setor do gás natural (-7,4 milhões de euros comparativamente ao primeiro semestre de 2016)", explica a empresa no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A dívida líquida, que inclui os custos com a Electrogás (169,3 milhões de euros), ascendeu a 2.577,4 milhões de euros, um valor "ligeiramente acima" (2%) do registado no primeiro semestre de 2016 (2.526,5 milhões de euros).
A empresa destaca que "o primeiro semestre fica marcado por um recorde no consumo de gás natural em Portugal, superando o anterior recorde, alcançado no primeiro semestre de 2011".
"O gás natural foi a fonte de energia dominante na produção de eletricidade em Portugal no primeiro semestre de 2017, tendo contribuído com 30% para a produção de energia elétrica, acima dos 13% registados no primeiro semestre de 2016, posicionando-se à frente do carvão, com 25%, e que tinha registado 16% no período homólogo do ano anterior", adianta a REN.
A predominância da hídrica registada nos primeiros seis meses de 2016 "foi prejudicada este ano por condições metrológicas adversas", tendo representado 15%, "uma forte queda face aos 41% do primeiro semestre de 2016". A eólica manteve-se estável enquanto fonte de energia, com 24% nos dois períodos, informa a empresa.
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