Marcas devem "tornar promoções mais rentáveis" e fidelizar clientes
As insígnias (retalho) têm como desafio "apostar na fidelização do 'shopper' [consumidor], pelo que devem tornar as promoções mais rentáveis e segmentar oferta, defendeu a diretora de serviços de retalho da Nielsen, Ana Paula Barbosa.
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Economia Nielsen
"O desafio para 2017 é fidelizar o 'shopper'", afirmou a responsável numa conferência da imprensa da Nielsen dedicada ao tema "Para onde vai o consumidor? Quais os 'drivers' [motores] da compra além do preço", que se realizou hoje em Lisboa.
De acordo com Ana Paula Barbosa, as promoções das cadeias de hiper e supermercados vieram para ficar, mas é preciso inovar.
"A promoção é muito massificada", pelo que "é importante segmentar a oferta", acrescentou.
Ana Paula Barbosa explicou à Lusa que as insígnias estão muito focadas em "ganhar quota de mercado", apostando por isso nas promoções.
No entanto, é preciso "segmentar as ofertas" e "algumas insígnias já o começaram a fazer", embora ainda haja um longo caminho a percorrer.
"As insígnias e as marcas devem apostar na fidelização do 'shopper'", já que têm "o problema comum da lealdade" do consumidor.
Nesse sentido, e como nem todas as promoções são eficientes, Ana Paula Barbosa considerou que as insígnias e as marcas "devem focar-se nas categorias [de produtos] que são os mais importantes e tentar implementar outro tipo de dinâmicas".
Ou seja, "tornar as promoções mais rentáveis" e fidelizar os clientes "com melhor segmentação", através de "melhor conhecimento do cliente".
A diretora de serviços de retalho da Nielsen considerou ainda que as marcas próprias das cadeias de retalho vão ser a aposta este ano, já que no início deste ano assistiu-se a uma recuperação.
"É expectável que as insígnias voltem a focar a sua atenção na marca própria, é um fator de diferenciação e inovação", salientou a responsável, na conferência de imprensa.
Apesar do preço ser um fator crítico na compra, os portugueses estão a apostar cada vez mais em produtos saudáveis, devido a quatro fatores: envelhecimento da população, doenças crónicas, alimentos funcionais e consumidores informados.
A área do consumo de produtos saudáveis "vai continuar a crescer", onde se incluem os produtos dietéticos, frescos e livres ingredientes indesejáveis (como sal, gordura, corantes e conservantes).
Além disso, as categorias de conveniência (como frutos congelados ou salada pronta a comer) são também escolhas dos consumidores na hora da compra, tendo em conta o ritmo de vida mais intenso, segundo a Nielsen.
"A conveniência também se aplica aos formatos de loja mais procurados", sendo que "os pequenos formatos são aqueles que crescem a um ritmo mais elevado e as lojas 'online' (com apenas 8% de penetração em Portugal) têm ainda espaço para crescer, apesar de se encontrarem a uma distância significativa de países como Espanha (13%), França (35%) ou Reino Unido (49%)", refere a empresa.
Mais de um terço (35%) dos consumidores portugueses diz que pretende fazer compras no supermercado através da Internet no futuro, segundo um estudo da Nielsen do ano passado.
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