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"Não creio que estejamos num momento de viragem"

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, avisa que, e ao contrário do que alguns dizem, ainda não estamos “num momento de viragem” pelo que é necessário “ajustar a estratégia” em toda a Europa. Em entrevista ao jornal Público, e referindo-se em particular ao caso português, o responsável holandês esclarece que não foram “o programa [de ajustamento] e a troika que provocaram esta crise” e destaca a necessidade e importância das “reformas estruturais”.

"Não creio que estejamos num momento de viragem"
Notícias ao Minuto

15:50 - 28/05/13 por Ana Lemos

Economia Jeroen Dijsselbloem

Em entrevista ao Público, Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo e ministro holandês das Finanças, diz não acreditar que já “estejamos num momento de viragem”, justificando que “a retoma económica está a levar mais tempo do que todos esperávamos e desejávamos” tanto “nos países sob programa de ajustamento como no resto da zona euro”, como Portugal. Para o responsável isto obriga a um ajustamento “da estratégia”.

Neste sentido, explica, “estamos a permitir que alguns países [como Portugal] tenham mais tempo para lidar com os seus problemas orçamentais, especialmente se estão a enfrentar problemas económicos sérios”. Como exemplo desse “aliviar da situação”, Dijsselbloem refere-se à revisão do défice no ano passado e em 2013 e ao prolongamento do prazo para o pagamento do empréstimo, que, a par das “reformas estruturais que estão as ser feitas”, darão frutos “a médio prazo”.

“O programa foi mudando à medida que a situação também mudou” algo que o presidente do Eurogrupo diz ser “inevitável”, dado que “a economia está a sofrer duramente” e o “desemprego é muito alto, incluindo o desemprego jovem”.

Dijsselbloem destaca que “o programa de ajustamento [português] está a ser cumprido” e que o País está “também a conseguir regressar aos mercados financeiros”. Contudo, e ao contrário, por exemplo de Mario Draghi e Wolfgang Schäuble, o presidente do Eurogrupo não considera Portugal um caso de sucesso ou uma história feliz “porque as consequências são demasiado duras”.

Para o holandês, Portugal só “é um sucesso na medida em que se manteve fiel ao cumprimento daquilo que acordamos no programa”. “Esse programa teve resultados suficientes? Não. Vai resultar no médio prazo? Penso que sim”, afirma o presidente do Eurogrupo, sublinhando que não foram “o programa [de ajustamento] e a troika que provocaram esta crise” mas sim o “sector financeiro” gerido “por governos que gastaram demais ou porque as nossas economias não são suficientemente fortes para competir”.

Dijsselbloem adianta que a renegociação tem por isso de ser feita “passo a passo”, por forma a não “empurrar os problemas para o futuro” e atrasar ainda mais “a recuperação económica” e “a saída da crise”.

O presidente do Eurogrupo lembra ainda que “os mercados financeiros estão a olhar-nos com muita atenção – não só para Portugal, mas também para a zona euro” até porque, acrescenta, “quase todos os países europeus estão a atravessar uma crise económica, todos têm de lidar com os problemas orçamentais e as reformas estruturais”.

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