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BES: Grandes fundos defendem acordo sobre dívida sénior

Grandes fundos de investimento internacionais defendem um acordo para minorar as perdas sofridas com a passagem de dívida sénior do Novo Banco para o BES, considerando que sem isso Portugal e o setor bancário serão penalizados.

BES: Grandes fundos defendem acordo sobre dívida sénior
Notícias ao Minuto

11:22 - 23/03/17 por Lusa

Economia Banca

Esta posição é defendida em comunicado conjunto da Pimco e Blackrock, que têm elevados investimentos em risco depois de, em 29 de dezembro de 2015, o Banco de Portugal (BdP) ter decidido passar do Novo Banco para o 'banco mau' BES as obrigações não subordinadas ou seniores por este emitidas e que foram destinadas a investidores institucionais, no total de dois mil milhões de euros.

Contudo, tendo em conta a situação financeira do BES (em liquidação) e o elevado nível de responsabilidade, é provável que o valor nunca seja pago, pelo menos na totalidade.

De acordo com os dois fundos de investimento, a liquidação destes empréstimos "traria benefícios substanciais para a reputação de Portugal e, em última análise, beneficiaria o contribuinte português sob a forma de menores custos de empréstimos", isto quer na dívida pública quer no financiamento dos bancos.

Mais, alertam que, apesar das melhorias que Portugal fez, essa decisão do banco central continua a pesar sobre o país, nomeadamente nos custos da dívida pública, mas também no setor bancário.

Esta nota surge quando a Caixa Geral de Depósitos está a levar a cabo uma emissão de dívida subordinada junto de investidores internacionais com que pretende angariar 500 milhões de euros, no âmbito do processo de recapitalização, e decorre a venda do Novo Banco ao fundo Lone Star.

Apesar de defenderem um acordo, estes fundos dizem que não têm outra alternativa se não avançar para tribunal contra o BdP pela decisão que consideram "discriminatória e prejudicial".

No final de dezembro de 2015, mais de um ano depois da resolução do BES, o BdP determinou a passagem, para o 'banco mau' BES, das obrigações não subordinadas ou seniores emitidas e que foram destinadas a investidores institucionais, como fundos de investimento, fundos de pensões ou seguradoras.

Com esta medida - que reverteu a que tinha sido tomada após a resolução do BES, quando a entidade liderada por Carlos Costa decidiu não imputar perdas aos credores seniores ao ficar a dívida não subordinada do BES no Novo Banco -, a responsabilidade pelo pagamento daquelas obrigações seniores passou a ser do BES.

Esta decisão do BdP apanhou de surpresa os obrigacionistas e foi logo muito contestada por grandes empresas internacionais de gestão de fundos, que puseram de imediato ações em tribunal.

A questão é que é provável que o BES não tenha capacidade de assumir o pagamento dessa dívida devido à sua grave situação financeira.

Em 13 de abril de 2016, no Relatório de Estabilidade Financeira Global, o Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou que a decisão do BdP abalou a confiança dos investidores em Portugal.

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