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Sonae admite expandir parceria com grupo Satya, mas Angola fica de fora

O presidente executivo da Sonae Paulo Azevedo admitiu hoje uma expansão da parceria com a Satya, à qual o grupo se associou para entrar no retalho alimentar em Moçambique, mas assegurou que Angola ficará de fora do acordo.

Sonae admite expandir parceria com grupo Satya, mas Angola fica de fora
Notícias ao Minuto

17:44 - 16/03/17 por Lusa

Economia Paulo Azevedo

"Estamos a desenvolver uma parceria importante, mas ainda são só duas lojas, é um investimento ainda pequeno", afirmou Paulo Azevedo durante a apresentação das contas de 2016 da Sonae, que hoje decorreu na Maia.

Embora remetendo desenvolvimentos para "mais tarde em 2017", o líder da Sonae revelou que os parceiros estão "a procurar novas localizações para crescer" em África e, sem querer avançar eventuais novos mercados, deixou desde logo claro que Angola -- onde foi mal sucedida uma primeira tentativa de entrada no retalho alimentar, com a empresária angolana Isabel dos Santos -- ficaria de fora.

"Ainda não sei qual é que é o âmbito [de uma eventual expansão da parceria com o grupo Satya, do milionário Mohamed Ibrahim, anunciada em setembro de 2016], mas Angola está excluída desse âmbito", afirmou.

Questionado pelos jornalistas sobre a recente aposta dos espanhóis da Mercadona em Portugal, que até 2019 vão abrir quatro supermercados na região do Grande Porto, Paulo Azevedo gracejou que "Portugal é uma festa": "Temos os maiores operadores -- franceses, alemães, holandeses -- não falta animação", sustentou.

Na mesma linha, o também presidente executivo da Sonae Ângelo Paupério acrescentou que "não é por vir mais um" operador juntar-se aos "dez gigantes" já estabelecidos em Portugal que o grupo Sonae se vai "preocupar" ou ser "impedido de crescer": "É mais um, e bom", disse.

Ainda na área do retalho, mas já não alimentar, a Sonae disse não estar à procura na área da eletrónica -- onde detém a cadeia Worten -- de uma solução semelhante à concretizada no desporto, com a fusão da sua participação Sport Zone com os ativos da multinacional britânica JD Sports e JD Sprinter na Península Ibérica (PI).

"A Worten já atingiu no seu total uma rentabilidade interessante em 2016 [na operação ibérica]. Não nos parece haver uma solução com valor acrescentado como no desporto, mas não é impossível, cada vez estamos mais à vontade em trabalhar com parceiros. Mas não está no nosso horizonte", afirmou Paulo Azevedo.

Na área das telecomunicações, onde a Sonae opera com a Nos, Paupério afirmou que o processo de compra de conteúdos "está mais ou menos estável" e, apesar de poder haver "movimentos por parte de operadores que levantem outras frentes", a posição do grupo é que "criar disrupções acaba por levar a perda geral de valor no setor, sem haver impactos competitivos relevantes".

Relativamente aos resultados de 2016 da Sonae, ambos os responsáveis executivos da Sonae se afirmaram "muito satisfeitos", com o aumento de 7,2% do volume de negócios (para 5.376 milhões de euros) a significar que o grupo "vendeu por dia mais um milhão de euros" do que em 2015, e tendo o EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) ultrapassado "pela primeira vez os mil milhões de euros".

"E isto num ano em que investimos mesmo muito - 437 milhões de euros no universo consolidado e 890 milhões de euros no universo agregado -- e diminuindo a dívida", acrescentou Ângelo Paupério, salientando que atualmente "dois terços do ativo [da Sonae] são financiados por capitais próprios e só um terço com envidamento", precisamente o inverso do que acontecia em 2008.

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