Mário Centeno recebeu o secretário-geral da OCDE, Ángel Gurría, para a apresentação do relatório Economic Survey e, em conferência de imprensa, fez um balanço sobre a economia do país e a forma como acredita que esta tem vindo a consolidar positivamente a sua evolução.
Portugal e a OCDE têm uma “relação” que traz vantagens mútuas, sendo que “Portugal partilha as suas experiências e procura encontrar bons conselhos”, salvaguardando que o relatório agora apresentado “é uma avaliação independente da OCDE” que “traça um diagnóstico geral e apresenta possíveis soluções”.
O ministro das Finanças refere que o Governo não concorda com tudo o que é dito no relatório, mas revela que, “no geral, é um instrumento com extrema utilidade que nos ajuda a pensar no nosso país”.
Centeno, afirma, por exemplo, que a taxa de desemprego em Portugal vai cair abaixo dos dois dígitos, ao contrário do que prevê a OCDE.
"Portugal registou, ao longo de 2016, das maiores descidas da taxa de desemprego na Europa, de dois pontos percentuais, com a taxa a ficar no limiar dos 10%. Baixaremos do limiar dos dois dígitos. Se o fizermos, teremos de pedir desculpa ao secretário-geral [da OCDE Angel] Gurría: o relatório prevê que tal não aconteça", diz o governante.
Referindo que o estudo se foca em duas áreas fundamentais, “investimento e qualificação dos portugueses”, Mário Centeno indica que “é na qualificação dos portugueses e no aumento da competitividade da nossa economia que se encontra a chave para o sucesso de Portugal e, por essa razão, o relatório defende que se mantenham as reformas nestas áreas”.
“A OCDE reconhece que a economia está a recuperar e tem razão. Portugal foi dos países da zona euro que mais cresceram no terceiro trimestre de 2016 e é preciso reforçar esta tendência. Os dados do quarto trimestre estão aí para o comprovar”, realça o responsável pela pasta das Finanças.
Centeno frisa ainda que a economia portuguesa “está a gerar novos empregos” e que isso é fundamental para o sucesso do país.
O ministro realça, por fim, que o relatório aborda os temas da estabilidade económico-financeira, crescimento económico e qualificações e que, enquanto Governo, o objetivo é “dar continuidade aos bons resultados de 2016 para assegurar que no futuro os jovens portugueses que têm qualificações e formação possam encontrar emprego em Portugal”, “condições para desenvolver as suas atividades”, “para garantir que a economia cresça e que esse crescimento seja sustentado e inclusivo numa perspetiva de médio e longo prazo”.