Demissão em massa na CGD: Saem mais seis administradores
O futuro do banco público fica ainda mais incerto depois do próprio banco confirmar que a maior parte da administração acompanha António Domingues. A polémica das declarações de rendimentos tornou-se demasiado pesada.
© Reuters
Economia Banca
Foi mais de um mês de polémicas constantes, de avanços e recuos, de informações incompletas e murmúrios de bastidores que indicavam a conclusão que acabou por se confirmar.
A noite de ontem terminou com o inesperado anúncio da demissão de António Domingues, gestor histórico do BPI escolhido para liderar a recapitalização e reestruturação da Caixa Geral de Depósitos. A pressão da oposição, dos trabalhadores e da opinião pública tornou-se insustentável e tal como se sussurrava, o presidente da Caixa abdicou do lugar depois de apenas alguns meses de serviço.
Esta manhã, o banco público confirmou a saída em massa da administração, solidária com o líder e aparentemente indignada com a obrigação de apresentar publicamente os próprios rendimentos.
De acordo com o comunicado enviado pela Caixa Geral de Depósitos à CMVM, são mais seis os administradores que abdicam dos cargos: Emídio José Bebiano e Moura da Costa Pinheiro, Henrique Cabral de Noronha e Menezes, Paulo Jorge Gonçalves Pereira Rodrigues da Silva, Pedro Lopo de Carvalho Norton de Matos, Angel Corcóstegui Guraya e Herbert Walter.
Os vogais da Caixa abandonam as posições, deixando o banco em terreno incerto. A saída apenas deverá ser efetiva no final de dezembro, dando ao Governo pouco mais de um mês para escolher nova liderança que garanta o cumprimento do plano de recapitalização e reestruturação discutido com as autoridades europeias.
[Notícia atualizada às 8h55]
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