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CTT esperam distribuir dividendo de 48 cêntimos por ação este ano

O Conselho de Administração dos CTT deverá propor no final do ano a distribuição aos acionistas de um dividendo de 48 cêntimos por ação relativo a 2016, mais um cêntimo do que em 2015, adiantou hoje o presidente à Lusa.

CTT esperam distribuir dividendo de 48 cêntimos por ação este ano
Notícias ao Minuto

12:59 - 31/10/16 por Lusa

Economia Francisco Lacerda

"Hoje estamos confiantes que poderemos apresentar uma proposta de um dividendo de 48 cêntimos por ação, o que é mais um cêntimo do que pagámos no ano que passou e representa um crescimento de um pouco mais de 2%. Ainda não é formalmente uma decisão de proposta à assembleia-geral, porque ainda não é altura, mas é uma indicação de que estamos confiantes de poder vir a fazer esta proposta", afirmou Francisco Lacerda em declarações à agência Lusa.

No dia em que os CTT divulgaram os resultados até setembro - período em que o lucro líquido recuou 9,1% para 46,0 milhões de euros, mas excluindo o Banco CTT aumentou 11,1% para 62,5 milhões de euros -- o presidente do Conselho de Administração recordou que esta contribuição inicialmente negativa da atividade bancária estava prevista desde o início.

"O banco, como foi sempre dito e anunciado ao mercado e é normal em qualquer empresa que arranca de novo, tem um período de uns anos em que vai contribuir negativamente para o resultado", disse.

Francisco Lacerda destacou, contudo, que a atividade bancária do grupo "está a correr muito bem", tendo sido abertas até setembro 45 mil contas e atraídos depósitos de 182 milhões de euros, pelo que se mantém para 2018 a meta prevista para o 'break even' [equilíbrio da operação] do banco.

"A adesão da população, até agora, está a correr muito bem. Já passamos as 150 lojas e até ao fim do ano teremos 200", afirmou, admitindo a abertura de "talvez até mais 100" agências, mas agora "num ritmo mais lento e espaçado".

"Este ano abrimos 200 em pouco mais de nove meses, mas estas são aquelas onde há mais negócio, presença e clientes, o que faz sentido no desenvolvimento de uma operação como é um banco. Depois há que começar a vender outros produtos para além da abertura das contas e já estamos a crescer em crédito ao consumo e lançaremos o crédito à habitação na viragem do ano", sustentou.

"200 [agências bancárias] até ao fim do ano é garantido, o resto veremos", acrescentou.

Relativamente à atividade de correio endereçado dos CTT, Francisco Lacerda admite que "desde há uns anos largos" vive "uma situação estrutural de quebra de volumes de correspondência" que "ninguém espera que dê a volta, em Portugal ou em todo o mundo".

"Já há bastantes anos que damos a indicação que a queda andará, ano a ano, entre 3 e 5%. Nos nove meses deste ano estamos com uma queda de 3,1%, portanto está até encostado ao lado mais favorável do intervalo que esperamos todos os anos", sustentou, notando que ainda assim, "este ano. o efeito preço foi mais limitado do que em anos anteriores".

Já no que diz respeito às receitas na área de correio expresso e encomendas - que é uma das "alavancas de crescimento" dos CTT, a par dos serviços financeiros - o líder do grupo diz estarem atualmente "numa fase onde o crescimento nalgumas das rubricas começa a ver-se, mas no total ainda estão mais ou menos 'flat' quando se compara com o ano anterior".

Segundo o responsável, a estratégia global dos CTT passa por "defender o valor do negócio do correio", o que inclui "atuações do lado da procura, mas também muito do lado dos custos e da eficiência", o que tem vindo a ser feito "com bastante sucesso": "Os custos nos primeiros nove meses deste ano comparados com o período homólogo, se excluirmos o banco (que são custos adicionais para uma atividade nova) caíram 4,4%, o que mostra essa capacidade de conseguir aumentar a eficiência", considerou.

Os CTT obtiveram um resultado líquido consolidado de 46,0 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, um recuo de 9,1% face ao período homólogo de 2015, informou hoje a empresa.

Numa informação prestada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) relativa aos resultados alcançados nos três trimestres de 2016, os CTT indicam que o resultado líquido excluindo o Banco CTT foi de 62,5 milhões de euros, mais 11,1% do que no período homólogo do ano passado.

Apesar de o resultado ter recuado, os CTT sublinham que a margem líquida sobre os rendimentos operacionais foi de 8,9%.

O Banco CTT declara que os rendimentos operacionais totais recorrentes situaram-se nos 517,1 milhões de euros (-21,0 ME ou -3,9% face ao período homólogo).

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