Brasil perde 1,51 milhões de empregos formais em 2015
O Brasil perdeu 1,51 milhões de empregos formais no ano passado, segundo dados divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho, que dão este como o pior resultado desde 1985, quando a estatística teve início.
© Lusa
Economia Trabalho
Os dados, da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), hoje divulgados, mostram que esta foi também a primeira vez em 23 anos que o país tem um corte de vagas de emprego formais, sendo que em 1992 foram encerrados 738 mil postos de trabalho.
"O nível de emprego formal no país apresentou uma queda de 3,05% em relação à quantidade de trabalhadores formais de 2014. Com isso, o número de trabalhadores, que era de 49,6 milhões, recuou para 48,1 milhões de postos no ano", segundo um comunicado da tutela.
Em 2014, o país terminou o ano com a criação de 623 mil empregos formais.
Os dados demonstram que "os rendimentos médios reais dos trabalhadores no mês de dezembro de 2015 sofreram um recuo de 2,56% em relação a dezembro de 2014".
"Em termos absolutos, a remuneração média dos trabalhadores passou de 2.725,28 reais [747,7 euros] em 2014 para 2.655,6 reais [728,6 euros] em 2015", segundo o comunicado.
A agricultura foi o único setor que teve um aumento no número de trabalhadores formais no ano passado, sendo os setores de indústria de transformação, construção civil e comércio os mais afectados.
Apenas os estados de Piauí, Acre e Roraima registaram um aumento no número de empregos formais, de acordo com os dados, que mostram ainda que a região mais afectada com queda de vagas foi o sudeste do país.
"Por faixa etária, os dados mostraram que a tendência de queda foi bem mais acentuada para os mais jovens, especialmente para os que possuíam entre 18 e 24 anos", de acordo com a nota do Ministério do Trabalho.
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