CEO de banco pede desculpa por contas fraudulentas, mas não se demite
O líder do Wells Fargo falou pela primeira vez da polémica fraude desvendada pelas autoridades norte-americanas.
© Reuters
Economia Estados Unidos
Um dos maiores casos de fraude bancária de sempre nos Estados Unidos não vai forçar a demissão do presidente executivo da Wells Fargo, pelo menos por enquanto. Em declarações à CNBC, o líder do banco norte-americano garantiu que "lamenta profundamente qualquer situação em que os clientes tenham subescrevido um produto que não pediram", mas rejeita para já sair da presidência: "A melhor coisa que eu posso fazer é liderar esta empresa"
Não fugindo às responsabilidades - "a culpa é de todos nós, incluindo-me a mim. Eu sou o líder" - John Stumpf garante que a sua liderança é crucial para que o Wells Fargo consigo recuperar de um escândalo de dimensão pouco vista.
Mais de cinco mil trabalhadores do banco norte-americano terão sido responsáveis por criar cerca de dois milhões de contas falsas, transferindo dinheiro de clientes sem autorização para cobrar comissões e associando os depósitos a cartões de crédito com taxas elevadas. O objetivo final seria cumprir metas de vendas de serviços que davam direito a bónus e prémios de desempenho.
O Wells Fargo revelou ter despedido os 5.300 funcionários responsáveis, mas mesmo assim não evitou uma multa de 164 milhões de euros aplicada pela autoridade bancária norte-americana.
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