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"Governo está a negociar o Orçamento do próximo ano com Bruxelas"

Informação foi adiantada, este domingo, pelo Luís Marques Mendes.

"Governo está a negociar o Orçamento do próximo ano com Bruxelas"
Notícias ao Minuto

21:52 - 04/09/16 por Patrícia Martins Carvalho

Economia Marques Mendes

No seu comentário semanal na antena da SIC, o social-democrata avançou com a informação de que, “neste momento”, o Governo está a “negociar com a Comissão Europeia o Orçamento do próximo ano”.

Apesar de considerar ser “normal”, Marques Mendes destaca o facto de haver uma aproximação entre o Executivo e Bruxelas, nomeadamente no que diz respeito ao défice estrutural.

“Uma questão difícil é a negociação do défice estrutural. A Comissão Europeia quer uma redução de 0,6%, o Governo quer uma redução de apenas 0,4%”, revelou, explicando que “apesar de tudo” estes números mostram que há uma “aproximação” entre Portugal e Bruxelas e, por esta razão, o comentador da SIC considera que “não haverá nenhuma crise”.

“Se estão à espera de uma crise é melhor tirarem o cavalinho da chuva”, vincou Marques Mendes.

O antigo presidente do PSD abordou ainda os dados divulgados esta semana pelo Instituto Nacional de Estatística e que mostram que as “coisas no domínio da economia não estão bem”.

“O INE diz que podemos crescer 0,9% este ano, o que é praticamente um terço dos 2,6% referidos por António Costa durante a campanha e cerca de metade do que aquilo que o próprio Governo tem inscrito no Orçamento que é 1,8%. Isto é um flop. Significa que a receita [do Governo] falhou

Luís Marques Mendes lembrou que o “consumo está em baixo”, pois apesar de as “pessoas terem mais dinheiro não o estão a gastar, ou estão a pagar dívidas ou a poupar”.

Mas não só. O comentador descreveu o estado do investimento em Portugal como sendo uma “desgraça”.

Face ao exposto, Marques Mendes refere que tudo isto é, “politicamente, um incómodo” para o Executivo porque, desta forma, “falha uma promessa”.

“Economicamente é mau porque significa dificuldades para as pessoas e financeiramente é difícil porque se pode traduzir em dificuldades para cumprir o défice e diminuir a dívida”, rematou.

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