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Reino Unido arrisca perder 1,15 biliões em comércio com o Brexit

Para perceber onde poderá sentir-se o maior impacto económico da saída da União Europeia, é preciso olhar para os acordos comerciais que estão em vigor graças aos parceiros europeus.

Reino Unido arrisca perder 1,15 biliões em comércio com o Brexit
Notícias ao Minuto

07:15 - 28/08/16 por Bruno Mourão com Elsa Pereira

Economia Exportações

Uma das grandes mentiras que foram contadas ao longo da campanha a favor do Brexit foi a do impacto negativo da União Europeia nas exportações do Reino Unido, para além do dinheiro que obriga o governo britânico a enviar para que seja depois redistribuído pelos Estados membros da UE. 

O ex-líder do UKIP e grande defensor da saída, Nigel Farage, recusou no dia seguinte ao referendo ter defendido tal posição, mas a implacável realidade mostra que existiu uma campanha enganadora, que acabou por alterar os factos. 

A CNN foi tentar esclarecer uma das questões mais polémicas e através dos dados oficiais britânicos e da Comissão Europeia, traça um cenário bem diferente do que foi defendido pelo UKIP e restantes partidos favoráveis à saída. 

No total, a exportação de bens e serviços corresponde a receitas de 1 bilião de libras (1,15 biliões de euros) para a economia britânica todos os anos. A maior parte deste valor, cerca de metade, é da responsabilidade dos países da União Europeia, com quem o Reino Unido tinha uma relação privilegiada. 

Sem presença na União, os britânicos terão de negociar acordos de troca individuais com cada país, um processo moroso e complexo que poderá atrasar o processo de recuperação das exportações e reduzir durante vários anos as receitas do Estado. 

A relação com os Estados Unidos surge logo a seguir na lista de prioridades (20% das exportações), mas sem o apoio da União Europeia e da Organização Mundial do Comércio, também terá de ser negociado um acordo direto. O problema é que Barack Obama já declarou que o Reino Unido estará "no fim da fila", uma vez que a prioridade é o acordo Trans-Pacífico com vários países asiáticos. 

Há também 60 outros países que não fazem parte da UE e que apenas tinham relações comerciais com o Reino Unido devido aos acordos com a União. Também aqui será preciso negociar relações prioritárias. 

A aposta do governo de Theresa May têm sido para já as economias em desenvolvimento, com uma 'ofensiva de charme' do Chanceler do Tesouro George Osborne na Índia e na China, mas a CNN alerta que será preciso muito mais para garantir a estabilidade comercial de longo prazo no Reino Unido e para compensar o 'buraco' criado pelo Brexit.

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