De acordo com informações transmitidas ao final do dia à agência Lusa, pelo Sitramico do Rio de Janeiro, "a estimativa é de que cerca de 2.200 trabalhadores tenham parado as suas atividades hoje".
Segundo a mesma fonte, houve adesão à paralisação de cinco dias, que começou à meia-noite de hoje, em sete estados brasileiros: "Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia, Amazonas, Sergipe e parte de São Paulo".
"Aqui no Rio, unidades, como a sede da empresa e os terminais localizados em Duque de Caxias e Volta Redonda, operaram em regime de contingência, mantendo 30% do efetivo", acrescentou.
Em resposta, a Petrobras Distribuidora informou apenas que "adotou as providências necessárias para garantir o suprimento de combustíveis com segurança à sua rede revendedora e demais clientes".
Os funcionários protestam contra a decisão da petrolífera de vender parte da sua unidade de distribuição de combustíveis.
No ano passado, o conselho da Petrobras tinha aprovado a venda de, pelo menos, 25% da BR Distribuidora.
Porém, a 22 de julho, o conselho de administração da Petrobras aprovou o novo modelo de venda da subsidiária, após ter recebido três propostas que não atenderam aos seus objetivos.
"O novo processo buscará parceiros com os quais compartilharemos o controle da distribuidora, numa estrutura societária que envolverá duas classes de ações - ordinárias e preferenciais -, de forma a que fiquemos maioritários no capital total, mas com uma participação de 49% no capital votante", informou na altura a empresa.
A Petrobras teve um lucro líquido de 370 milhões de reais (105,7 milhões de euros), no segundo trimestre deste ano, após três trimestres consecutivos de resultados negativos.
Só no primeiro trimestre do ano, a empresa tinha registado um prejuízo de 1,2 mil milhões de reais (342,97 milhões de euros).
A Petrobras tem também estado no centro na Operação Lava Jato, o maior caso de corrupção da história do Brasil, que envolve dezenas de políticos e várias empresas.