Pesquisa de petróleo na costa Alentejana de consórcio da Galp adiada
A sondagem de pesquisa do primeiro poço exploratório do consórcio liderado pela ENI, que integra a Galp Energia, na bacia Alentejana, planeada para o verão, foi adiada sem data, afirmou hoje o presidente da petrolífera portuguesa.
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Economia Matérias-Primas
Em declarações aos jornalistas, o presidente da Galp Energia, Carlos Gomes da Silva, explicou que a sondagem de pesquisa estava preparada e, com a decisão da Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos de prorrogar o prazo de consulta pública, por mais 30 dias, "perdeu-se a oportunidade".
"Vamos ver se no próximo ano há investimento, se há condições e se vale a pena", declarou o gestor, quando questionado sobre a nova data definida pelo consórcio para retomar o processo.
Carlos Gomes da Silva explicou que "a infraestrutura logística foi toda montada e a unidade de perfuração estava contratada", quando foi tomada a decisão de prolongar o prazo da consulta pública, por mais 30 dias.
"Tivemos custos, porque tínhamos tudo preparado", admitiu o gestor, mas recusou-se a quantificar os valores em causa, adiantando não estar autorizado a divulgar.
Sem se comprometer em relação ao futuro, o gestor realçou que "quando se quebra um contrato pode ter ou não ter consequências": "Retomaremos se houver condições para o fazer".
O presidente da Galp Energia realçou ainda que o trabalho que o consórcio liderado pela petrolífera italiana Eni estava a fazer "era, a todos os títulos, importante para o País", lembrando que, quando a brasileira Petrobras, saiu do consórcio, a Galp foi à procura de um novo parceiro para levar a missão adiante.
A consulta pública do pedido de licença para a sondagem de pesquisa do primeiro poço exploratório do consórcio liderado pela petrolífera italiana ENI, que integra a Galp Energia, na bacia Alentejana, planeado decorre até 03 de agosto.
A 22 de junho, a Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos decidiu prorrogar o prazo de consulta pública do projeto ENI/Galp, para a realização de sondagem de pesquisa no 'deep offshore' (águas ultra profundas), a cerca de 46,5 quilómetros da costa, na zona de Aljezur, por mais 30 dias.
A italiana ENI tem uma participação maioritária de 70% na parceria com a Galp (30%) para a prospeção de petróleo na costa alentejana, onde detém três concessões, denominadas Lavagante, Santola e Gamba, que abrangem uma área total de aproximadamente 9.100 quilómetros quadrados.
O reforço das obrigações para os operadores das concessões 'offshore' (no mar) de petróleo e de gás, com o objetivo de reduzir os riscos de acidente grave, deverá atrasar o arranque da pesquisa planeada para este ano.
No decreto-lei 13/2016 de 9 de março, que transpõe uma diretiva do Parlamento e do Conselho Europeu, são reforçadas as medidas de segurança destinadas a reduzir o mais possível a ocorrência de acidente graves relativos a operações 'offshore' de petróleo e de gás e limitar as suas consequências, o que, na prática, significa obrigações acrescidas para os operadores antes de cada uma das etapas.
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