Sanções devem ser aplicadas "com inteligência" e sem "vontade punitiva"
O comissário europeu dos Assuntos Económicos disse hoje que eventuais sanções a Portugal e Espanha por défice excessivo em 2015 terão de ser aplicadas "com inteligência", "sem vontade punitiva" e considerando "a situação económica desses países". A decisão, essa, foi mais uma vez adiada.
© Reuters
Economia Moscovici
Pierre Moscovici, numa entrevista à emissora francesa Radio Classique, citada pela agência noticiosa Efe, sublinhou que a questão de Portugal e Espanha irá ser examinada hoje à tarde pela Comissão Europeia, em Estrasburgo, (França) e garantiu que ele, enquanto responsável económico e financeiro, irá encarregar-se do "respeito pelas regras".
O comissário europeu dos Assuntos Económicos sublinhou que essas regras "são inteligentes, não são punitivas e devem ter em conta a situação económica" destes países.
Ao início da tarde vir-se-ia a saber, pelo mesmo responsável europeu, que a decisão sobre as sanções fora mais uma vez adiada, ficando, porém a promessa de que "muito em breve" será tomada. Quando, não detalhou, embora a data que circula nos bastidores seja a da próxima quinta-feira.
Questionado sobre o caso de França, Pierre Moscovici recordou que esse país, no passado, beneficiou, em duas ocasiões, dos mecanismos de flexibilidade para incumprir os objetivos iniciais do défice e que, para 2017, "imperativamente, deve respeitar a meta" de se manter abaixo dos 3% do Produto Interno Bruto (PIB).
"França deve estar, e estará, abaixo dos 3%", comentou o ministro das Finanças francês, Michel Sapin, após recordar que o Presidente François Hollande reafirmou esse compromisso, na semana passada.
Acrescentou que não existem "razões para não confiar" nesse objetivo, mas também que, em outubro, irá examinar o pressuposto para 2017, apresentado pelo Governo francês.
[Notícia atualizada às 15h50]
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