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Presidente do Millennium prevê mudanças no setor financeiro português

O presidente da comissão executiva do Millennium BCP, Nuno Amado, afirmou hoje, no Funchal, que o setor financeiro em Portugal vai mudar nos próximos tempos na sequência da "estratégia de concentração" de bancos da União Europeia.

Presidente do Millennium prevê mudanças no setor financeiro português
Notícias ao Minuto

21:23 - 19/05/16 por Lusa

Economia Nuno Amado

provável que em Portugal passe a existir, a curto prazo, um banco público - a Caixa Geral de Depósitos - e um banco privado, que eu espero que seja o BCP", disse Nuno Amado, no encerramento das Jornadas Millennium Empresas, que decorreram esta tarde na capital madeirense.

O presidente da comissão executiva do BCP realçou que é fundamental haver bons bancos portugueses, considerando que um público e um privado é o "mínimo essencial" para o desenvolvimento do país.

"O BCE (Banco Central Europeu) tem uma estratégia de concentração, e como as coisas estão a ir é provável que o do setor financeiro em Portugal vá mudar nos próximos tempos", disse, vincando que "o BCP acha, crê e acredita que vai ser o banco privado português dentro desta nova geometria".

Nuno Amado lembrou, no entanto, que o Millennium BCP teve prejuízos e foi forçado a "limpar a casa", tendo recebido um apoio de 3.000 milhões de euros do Estado e outro de igual valor dos acionistas.

"Já pagamos ao Estado 700 milhões de euros e falta-nos pagar 750 milhões de euros de juros", declarou.

O responsável disse ainda que, apesar deste "desafio caro e difícil", o banco fez um caminho que outros não trilharam e por isso desapareceram.

Por outro lado, chamou a atenção para a situação do Novo Banco, que considera ser um "elefante na sala", ao qual é preciso estar atento.

"Novo Banco fez muito mal a muita gente e à economia, mas pode fazer muito mal a mais gente que não teve nada que ver com o tema", disse.

As Jornadas Millennium Empresas contaram, também, com a presença do presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, que, na sessão de abertura, afirmou que a região autónoma pode ser uma "parceira fundamental" do banco na internacionalização da economia portuguesa.

"Neste momento, a Madeira dá cartas a nível nacional em termos de finanças públicas e devido à credibilidade adquirida durante a execução do PAEF [Plano de Ajustamento Económico e Financeiro, que terminou em 2015], foi ao mercado sem tutela e aval do Estado e financiou-se autonomamente no valor de 185 milhões de euros", disse.

Miguel Albuquerque salientou as potencialidades da região ao nível do turismo, do Centro Internacional de Negócios, do mar e das empresas de tecnologias digitais.

"Temos de enfrentar a realidade e a realidade é muito simples: ou conseguimos inserir-nos plenamente no mercado global ou então vamos continuar com o 'cramanço'", afirmou, explicando que 'cramanço' é um termo madeirense que significa um "lamento perpétuo e eterno que não leva a lado nenhum".

O presidente do governo disse, no entanto, que é necessário criar ao nível do Estado uma plataforma de apoio à exportação de produtos regionais, lembrando que a Madeira, que tanto foi "vilipendiada" devido às finanças públicas, tem hoje um rácio de dívida pública de 111.9 do PIB, ao passo que o país continua nos 130.

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