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Presidente do Bundesbank defende Draghi das críticas de Schäuble

O presidente do banco central alemão (Bundesbank), Jens Weidmann, defendeu hoje o responsável do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, das fortes críticas do ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, relativamente às baixas taxas de juro.

Presidente do Bundesbank defende Draghi das críticas de Schäuble
Notícias ao Minuto

17:40 - 12/04/16 por Lusa

Economia Jens Weidmann

Numa entrevista ao diário britânico Financial Times, que será publicada na quarta-feira, Weidmann assegura que o BCE é independente, apesar de não ser "inusual que os políticos tenham opiniões sobre política monetária".

O presidente do Bundesbank, que é também membro do Conselho de Governadores do BCE, sublinhou ainda que esta instituição "tem de cumprir o seu mandato de manter a estabilidade de preços e, por isso, é adequada uma política monetária expansiva, apesar de haver diferentes opiniões sobre medidas específicas".

Num discurso proferido na passada sexta-feira em Kronberg, Schäuble disse que não estava contente com as baixas taxas de juro do BCE, algo que preocupa muitos alemães que consideram que estão a perder dinheiro com as poupanças e fundos de pensões.

Schäuble disse que "preferia ter taxas de juro elevadas" e contou que tinha dito a Draghi que as medidas de política monetária do BCE eram parcialmente responsáveis pela ascensão do AfD, um partido que se opõe à chegada de imigrantes à Alemanha e que obteve um grande êxito nas recentes eleições regionais em três Estados federados.

Mas Schäuble defendeu também a independência do BCE e disse que se se cometesse o erro de pôr em causa a independência destas instituições neste período, "seria algo mais prejudicial do que benéfico".

O BCE baixou em março a taxa de juro diretora (a taxa que é cobrada aos bancos pelo refinanciamento) para 0% e reduziu ainda mais a taxa de juro dos depósitos.

O BCE cobra aos bancos 0,40% sobre os seus depósitos diários.

Weidmann votou contra esta e outras medidas aprovadas em março pelo Conselho de Governadores do BCE, mas na entrevista ao Financial Times disse que o debate alemão sobre o BCE está muito focado no impacto das baixas taxas de juro para os aforradores.

"O debate não está suficientemente centrado sobre as grandes consequências macroeconómicas da política monetária. As pessoas não são apenas aforradores também são trabalhadores, contribuintes e devedores e, como tal, beneficiam das baixas taxas de juro" disse Weidmann.

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