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Plano de financiamento CGD "pode exigir intervenção do Governo"

O presidente da CGD disse hoje que a sua equipa está a preparar o novo plano de financiamento e capital do banco para depois o discutir com a tutela, acrescentando que há aspetos que "podem exigir a intervenção do Governo".

Plano de financiamento CGD "pode exigir intervenção do Governo"
Notícias ao Minuto

20:42 - 04/02/16 por Lusa

Economia José de Matos

"Obviamente que as necessidades de financiamento são tomadas em conta no plano que está a ser preparado por nós e que tem de ser conversado com o Governo. Há aspetos desse Plano de Financiamento e Capital que podem exigir a intervenção do Governo", disse hoje José de Matos aos jornalistas, na apresentação de contas da instituição de 2015, ano em que baixou os prejuízos para 171,5 milhões de euros.

Rejeitando falar da necessidade ou não de um aumento de capital do banco público, e garantindo que nunca irá divulgar o conteúdo de conversas com o acionista Estado, José de Matos disse apenas que há decisões sobre o banco que poderão exigir a intervenção do Governo e deu como exemplo possíveis alienações que terão de contar com a 'luz verde' da tutela.

Ainda sobre o plano de capital e financiamento, José de Matos afirmou hoje que nesse documento "o refinanciamento dos 'CoCos' será um aspeto a ser tido em conta".

O presidente executivo da CGD referia-se aos 900 milhões de euros em instrumentos de capital contingente (as chamadas 'CoCo bonds', dívida que pode ser transformada em ações em determinadas circunstâncias) que o Estado injetou em 2012 e que têm de ser pagos até 2017 ou transformam-se em ações.

Até ao momento a Caixa ainda não fez qualquer pagamento, enquanto o BPI devolveu a totalidade dos 1.500 milhões de euros recebidos também em 'CoCo bonds' e ao BCP falta-lhe pagar 750 milhões de euros dos 3.000 milhões inicialmente recebidos.

José de Matos disse também que dele não ouviriam qualquer crítica à solução encontrada pelo anterior Governo para capitalizar a CGD em 2012, mas afirmou que se o banco público tivesse tido mais capital em vez de 'CoCo' "pagava menos 90 milhões de euros por ano em juros" e acrescentou que nos outros bancos foi possível fazer reembolsos porque os "acionistas substituíram os 'CoCos' por capital".

Além da injeção de 900 milhões de euros 'CoCo bonds', em 2012 o Estado injetou ainda no banco público 750 milhões de euros diretamente em ações.

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