Governo terá que antecipar medidas que guardava como "reserva"
O ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar, afirmou esta quinta-feira em Lisboa que, com a revisão em baixa das previsões macroeconómicas, o Governo terá que antecipar medidas que guardava "como reserva para dificuldades orçamentais".
© Lusa
Economia Vítor Gaspar
Vítor Gaspar defendeu "alterações profundas" no "sistema político", que não especificou, numa intervenção durante as Segundas Jornadas da Consolidação, Crescimento e Coesão' do PSD, num hotel de Lisboa.
O ministro referiu-se à revisão em baixa das projecções macroeconómicas para 2013, reiterando que estima que esta possa atingir uma revisão em baixa de 1 ponto percentual, e afirmou: "Significa que teremos que ter particular cuidado com a execução orçamental este ano e que teremos de ser capazes de executar, antecipar medidas que guardávamos como reserva para o caso de se verificarem dificuldades orçamentais", afirmou o ministro.
"Essas medidas serão fundamentalmente medidas de poupança orçamental em execução e a antecipação dos efeitos de algumas das poupanças estruturais associadas com o processo de reforma do Estado", acrescentou.
O ministro defendeu que "a ênfase deve ser posta na estabilização da economia no primeiro passo e no lançamento das condições de recuperação num segundo passo".
"A nossa prioridade imediata deve ser criar condições para recuperação económica como fase de transição para o crescimento sustentado e criação de emprego", afirmou.
Vítor Gaspar argumentou que é preciso "investimento no sector exportador" e "nos bens transaccionáveis".
"Só a actividade empresarial, só a actividade privada, é que permitirá criar bons postos de trabalho, com bons salários", defendeu.
O ministro repetiu várias vezes no início da sua intervenção que Portugal está a "entrar na fase do princípio do fim do programa" e que o sétimo exame regular trará "grandes desafios para Portugal".
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