Testes de stress do BCE ao Novo Banco conhecidos em novembro
O Banco Central Europeu (BCE) vai concluir os testes de stress ao Novo Banco em novembro, informou hoje a instituição de Mario Draghi.
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Economia Instituição
Em comunicado, o BCE indica que "um dos bancos está a ser submetido apenas a um teste de esforço, o qual foi adiado no exercício de 2014" e, de acordo com a lista divulgada, trata-se do Novo Banco.
No início de outubro do ano passado, já a Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla inglesa), tinha revelado que, tendo em conta a medida de resolução aplicada ao Banco Espírito Santo (BES) e a criação da nova instituição financeira - o Novo Banco, uma entidade de transição -, o teste de 'stress' teve que ser adiado, sem na altura referir nova data.
Os outros bancos cuja avaliação completa será conhecida em novembro são o Banque Degroof (Bélgica), a Agence Française de Développement (França), o JP Morgam Bank Luxembourg (Luxemburgo), o Mediterranean Bank (Malta), o Sberbank Europe e o VTB Bank (Áustria), o Unicredit Banka Slovenija (Eslovénia) e o Kuntarahoitus (Finlândia).
Destes nove bancos, cinco "passaram a ser significativos já em 2014" e os restantes quatro "podem tornar-se significativos até janeiro de 2016, estando, por conseguinte, sujeitos a uma avaliação completa".
Os bancos passam a ser supervisionados diretamente pelo BCE mediante uma série de critérios, nomeadamente se o valor total dos ativos exceder 30 mil milhões de euros ou 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado-Membro em causa, ou ainda se o banco passar a ser uma das três instituições de crédito de maior importância sistémica num Estado-membro participante, de acordo com o Regulamento do Mecanismo Único de Supervisão.
Esta avaliação consiste "numa análise da qualidade dos ativos e num teste de esforço" e está a ser realizada pelo BCE em consonância com a metodologia aplicada no exercício do ano passado.
Na nota, o BCE refere que a avaliação completa realizada em 2014 foi um exame da saúde financeira de 130 bancos, levado a cabo antes de o BCE assumir diretamente as funções de supervisão bancária, tendo identificado "um défice de fundos próprios de 25 mil milhões de euros em 25 bancos e défices residuais em 13 bancos".
Dos 130 bancos que foram submetidos às avaliações conjuntas do BCE e da Autoridade Bancária Europeia, 25 chumbaram, tendo Itália sido o país mais afetado pelos chumbos, com nove bancos a falharem no exame.
Em Portugal, o Banco Comercial Português (BCP) foi o único dos três bancos portugueses que chumbou no cenário mais adverso dos testes de 'stress', enquanto a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Banco BPI passaram no exame.
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