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Pilotos: "Criar novo sindicato é coisa para atrasados mentais"
Os pilotos da TAP convocaram uma greve de dez dias, que teve início esta sexta-feira, por considerarem que o Governo não está a cumprir o acordo assinado em dezembro de 2014, nem um outro, de 1999, que lhes dava direito a uma participação no capital da empresa.
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Economia SPAC
O ex-presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil, Ângelo Felgueiras, reagiu a esta paralisação de dez dias anunciada pelo sindicato, que teve início esta sexta-feira.
A greve foi convocada como protesto ao acordo assinado em 2014 e 1999, alegando que o Governo não está a cumprir o prometido.
“Não sou favorável a esta greve. Independentemente de termos razão, e apesar de o documento de 10 de junho de 1999 não estar a ser utilizado como devia, o que é preciso saber é se, amanhã, há TAP. Tudo o resto passa para segundo plano. Se não houver TAP, não há participação, nem diuturnidades, nem ordenado”, explica ao Dinheiro Vivo.
Esta é uma paralisação que poderá afetar o futuro da transportadora aérea, que passa por um momento de privatização, convocada por um sindicato que tem como objetivo defender os interesses dos pilotos.
Contudo, Ângelo Felgueiras diz não se identificar nesta direção. “Não me revejo nesta direção. No entanto, ela muda quando os associados quiserem. Os associados que se juntem, que mandem a direção embora e que elejam outra. São livres de o fazer”, indicou.
“A maior parte das pessoas que hoje se queixam não estavam lá para votar. Eu votei contra. Agora, estas pessoas podem filiar-se e mandar esta direção embora. Mas isso dá trabalho. Digo isto porque já lá estive seis anos e tenho autoridade para falar”, acrescenta.
Quando questionado sobre a possibilidade da criação de um novo sindicato, o ex-presidente considera que não se justifica.
“Isso é coisa para atrasados mentais. Se se fizer outro sindicato, todos os pilotos podem aderir a ele e tudo pode voltar a repetir-se. A única forma que há de ter um sindicato forte é com pessoas que vão lutar, com cidadãos que se preocupam, que não ficam em casa em dia de eleições e depois se queixam de que os governos são pouco representativos”, termina.
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