Não haver tolerância no Carnaval é nova "machadada” na crise
A Associação Comercial da Nazaré considerou, esta quinta-feira, lamentável que o Governo não dê tolerância de ponto no Carnaval, contribuindo com “mais uma machadada” para agravar a crise que tem levado ao encerramento de vários estabelecimentos na vila.
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Economia Comerciantes
“É lamentável que os nossos governantes não se preocupem com o impacto que estas medidas [não concessão de tolerância de ponto no Carnaval] têm no comércio de zonas turísticas como a Nazaré, que tem como pontos altos precisamente o verão, a passagem de ano e o Carnaval”, considerou à Lusa António José Hilário, presidente da Associação Comercial Industrial e de Serviços da Nazaré (ACISN).
A associação, que nos últimos anos perdeu “vários associados que fecharam as portas devido à crise e às novas exigências de facturação” teme que os impactos da redução de turistas durante o período de férias do Carnaval se revele, “mais uma machadada para os estabelecimentos que se vão ressentir muito desta quebra de rendimentos”.
O Carnaval da Nazaré atrai anualmente milhares de visitantes à vila “fazendo com que, por um lado, haja uma maior afluência de dormidas na hotelaria e, por outro, um grande aumento de afluência à restauração, porque muitas das pessoas que têm cá casa aproveitam para vir nesta altura e logicamente não ficam em casa a comer”.
Sem tolerância de ponto, “estas pessoas não virão e prevejo que o comércio tenha um grande transtorno e a Nazaré fique ainda pior do que já está”.
Para António José Hilário, “o Governo devia pensar um bocadinho melhor no impacto destas decisões para localidades turísticas, porque mesmo que a câmara resolvesse dar tolerância isso não resolvia o nosso problema porque precisamos é dos visitantes para dinamizar a economia”, conclui.
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