Amigo de Salgado disse 'não' à comissão mas esteve em Portugal
Empresário que emprestou 18 milhões ao ex-líder do BES tinha dito que negócios não o deixavam sair de Angola, impedindo-o de participar na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES. Investigação do Expresso revela uma realidade bem diferente.
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Economia Caso BES
É o dono da barbearia que o confirma: “Ele esteve aqui às 10 da manhã e fez, como sempre, marcação com antecedência.”. Aurélio Robalo corta o cabelo de José Guilherme há quase 40 anos numa barbearia da Amadora e no dia 7 de março voltou a fazê-lo.
O problema é que o construtor civil tinha alegado impedimento profissional para não estar presente na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES. Os negócios em Luanda juntavam-se aos problemas de audição e da próstata.
O pedido de comparência surgiu após a revelação de uma oferta de 14 milhões de euros a Ricardo Salgado, figura chave no processo.
Confrontado pelo Expresso, o presidente da comissão de inquérito revelou-se surpreendido, uma vez que “há um dever de colaboração da parte do empresário.”.
“Se veio a Portugal devia ter feito um contacto com a Comissão, porque sabia que estávamos muito interessados em ouvi-lo” disse Fernando Negrão, deixando claro que vai enviar a correspondência com José Guilherme para o Ministério Público, a fim de decidir se houve “um crime de desobediência:”.
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