Associação quer gás mais barato para aumentar exportações
O vice-presidente da Associação das Indústrias da Cerâmica e presidente do Centro Tecnológico da Cerâmica defendeu hoje em Coimbra uma redução "acima dos 10%" no preço do gás para garantir a competitividade daquela indústria na Europa.
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Economia Reivindicação
"É difícil a indústria afirmar-se lá fora" quando os concorrentes europeus "têm custos de energia mais baixos", apontou o presidente do Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro (CTCV), Marcelo de Sousa, considerando que a redução do gás teria de ser sempre "acima dos 10%" para aumentar as exportações do setor.
O também vice-presidente da Associação Portuguesa das Indústrias de Cerâmica e Cristalaria (APICER) sublinhou que a indústria da cerâmica e do vidro "é o maior consumidor industrial de gás" no país, sendo que a "desigualdade na área da energia" é o principal constrangimento à exportação.
Uma das ações fundamentais para a reindustrialização e internacionalização do setor seria "a redução do preço do gás", disse à agência Lusa Marcelo de Sousa.
Para além da descida do preço da energia, têm de ser eliminados entraves ao nível do comércio internacional, em que se colocam "muitas barreiras à entrada" em países fora da União Europeia, que contrasta com a facilidade com que outros países importam para o mercado europeu.
"Não faz sentido", sublinhou.
Segundo o presidente do CTCV, a "indústria está a dar sinais fraquinhos de crescimento", sendo que o setor que está a crescer mais "é o da loiça", enquanto que a produção do tijolo está em pior situação, devido à crise económica, que afetou a construção civil.
Marcelo de Sousa falava à margem da visita do eurodeputado José Inácio Faria, do Partido da Terra, às instalações do CTCV, hoje à tarde, a convite da APICER.
José Inácio Faria é membro do Fórum Cerâmico do Parlamento Europeu, sendo a visita uma forma de "sensibilizar" o eurodeputado para questões que preocupam a indústria portuguesa.
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