"Este crescimento foi atingido através da expansão continuada e do aumento das vendas 'like-for-like' (LFL) [vendas das lojas que operaram sob as mesmas condições nos dois períodos comparados] em volume registado em todas as áreas de negócio", indica a Jerónimo Martins num relatório sobre vendas preliminares em 2014, enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
De acordo com o grupo, "o foco estratégico em vendas" tanto em Portugal como na Polónia permitiu ao Pingo Doce e à Biedronka aumentarem as vendas em volume, "ajudando a mitigar os efeitos negativos da forte deflação alimentar" que se fez sentir nos dois mercados.
Na Polónia, onde a rede de supermercados Biedronka encerrou o ano com 2.587 lojas, os consumidores do setor do retalho alimentar mantiveram "uma permanente procura por preços mais baixos" ao longo do ano. Ainda assim, as vendas cresceram 9,5% em 2014, atingindo 8,4 mil milhões de euros, adianta a Jerónimo Martins.
Também em Portugal, os consumidores mantiveram "uma forte sensibilidade ao preço", mas as vendas no Pingo Doce cresceram 1,7%, para 3,2 mil milhões de euros, "apesar da forte deflação registada no cabaz ao longo do ano". Já nas lojas Recheio, as vendas diminuíram 0,7% (para 799 milhões de euros), "impactadas principalmente pela deflação alimentar observada no mercado".
Quanto aos novos negócios ligados à cadeia de supermercados Ara, na Colômbia, e à rede polaca de 'drugstores' Hebe, contribuíram com 152 milhões de euros para as vendas consolidadas do ano, reforçando "as suas posições nos respetivos mercados".
"Num ano marcado pela forte deflação alimentar que atingiu os mercados europeus, acarretando desafios adicionais ao crescimento do setor, estamos conscientes do papel que a deflação interna também teve no aumento da pressão sobre os nossos negócios", sublinha ainda o grupo, acrescentando que terminou o ano "com posições ainda mais fortes" em todas as principais insígnias.