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Governo "não embandeirou numa política de despesa eleitoralista"

O presidente do banco BIC em Portugal e antigo ministro, Luís Mira Amaral, disse hoje, na Trofa, que o Governo apresentou um orçamento "pré-eleitoral", mas "não embandeirou numa política de despesa pública eleitoralista".

Governo "não embandeirou numa política de despesa eleitoralista"
Notícias ao Minuto

14:07 - 11/12/14 por Lusa

Economia Mira Amaral

Questionado sobre a avaliação feita à economia portuguesa na quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP), Mira Amaral, que falava aos jornalistas à margem de um encontro com empresários na Trofa, concelho do distrito do Porto, referiu que "um Orçamento do Estado é sempre feito na base de projeções de crescimento económico".

"O Governo está a fazer um orçamento pré-eleitoral. É humanamente compreensível que qualquer Governo gostaria de melhorar aquilo que está a apresentar ao público. Mas nem considero que este orçamento seja demasiado eleitoralista, porque talvez as projeções macroeconómicas sejam um bocadinho otimistas, mas o Governo não embandeirou numa política de despesa pública eleitoralista", disse o presidente do BIC em Portugal.

Segundo o Boletim Económico divulgado quarta-feira, o BdP previu um crescimento económico este ano ligeiramente inferior ao estimado pelo Governo, de 0,9%, e um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,5% em 2015, em linha com o executivo.

O BdP continua a estimar que a economia portuguesa cresça 0,9% este ano, 0,1 pontos percentuais abaixo das previsões mais recentes do Governo para o conjunto de 2014.

Luís Mira Amaral procurou, no entanto, realçar como "mais importante" dados sobre as exportações, resumindo-os a "muito bons" e afirmando que são reflexo de que os "empresários portugueses geraram uma dinâmica irreversível".

O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que as exportações portuguesas aumentaram 9,4% em outubro, face a igual mês de 2013, registando o melhor desempenho dos últimos 12 meses.

Já em termos de emprego, Mira Amaral defendeu que os subsídios do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) "são úteis no curto prazo, mas para uma economia de mercado, em termos sustentáveis, não chegam".

"Temos de ter empresas competitivas que exportem e se internacionalizem cada vez mais", defendeu o ex-governante, vincando que "aquilo que as estatísticas mostram do desemprego é que há uma melhoria, mas associada a subsídios estatais".

"Numa economia de mercado como a nossa, cria-se emprego através da competitividade das empresas. Eu aí tenho uma divergência com a esquerda. A esquerda gosta de falar em políticas ativas de emprego e eu acho que a melhor política ativa de emprego é a competitividade das empresas (...). O caminho de Portugal não é através do nosso mercado doméstico que é pequeno", concluiu.

Instado a comentar as declarações que têm sido feitas na comissão de inquérito ao caso Banco Espirito Santo (BES), nomeadamente a troca de acusações entre o antigo presidente executivo do banco, Ricardo Salgado, e o seu primo José Maria Ricciardi, Mira Amaral escusou-se a abordar o tema.

"Não tenho tempo para ver essas coisas [comissão de inquérito]. Estou demasiado ocupado com o banco BIC para perder tempo com esses assuntos", justificou.

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