Construção continua em crise mas com sinais de recuperação
O setor da construção continuou em crise até julho, apesar de alguns sinais de recuperação, como o aumento do valor dos concursos públicos lançados, de acordo com a FEPICOP- Federação Portuguesa da Indústria da Construção.
© Reuters
Economia FEPICOP
Segundo a análise de conjuntura nos primeiros sete meses do ano, "a atividade da construção continua em crise, mas os empresários do setor acreditam na recuperação, com base na carteira de encomendas e numa opinião favorável em relação às perspetivas de emprego".
Ainda assim, contrapõe, diversos indicadores quantitativos continuam a refletir "uma situação muito desfavorável da construção", dando como exemplo os números relativos à destruição de postos de trabalho.
"O emprego ainda está em contração: entre abril e junho, o setor perdeu 24,4 mil postos de trabalho em termos homólogos e 13,9 mil face ao primeiro trimestre do ano, com o peso do número de trabalhadores da construção no emprego total a descer para 5,9%, contra os 6,3% no trimestre anterior e 6,5% um ano antes", adianta.
Também as estatísticas relativas ao investimento confirmam a persistência do cenário crítico do setor - quedas homólogas de 3,5% no segundo trimestre - e aos novos fogos habitacionais licenciados -- 3.951 até julho, o que representa menos 15% face ao período homólogo.
As licenças para reabilitação de edifícios habitacionais continuam em queda, mas menos do que há um ano -- 5,9% em vez de 23,5% do período homólogo.
Em destaque, o montante das obras lançadas durante o primeiro semestre, através de concursos públicos, que aumentou 38,6% face ao valor registado um ano antes. Já o montante dos contratos celebrados no mesmo período caiu 21,3%.
A Fepicop alerta que "as empresas continuam com o acesso ao crédito muito cerceado": em julho, o setor tinha um stock de financiamento bancário inferior em 2,4 mil milhões de euros ao registado um ano antes.
Já o mal parado do setor da construção assume um peso de 20,2%, representando 20,1% do total dos incobráveis da responsabilidade de todas as atividades.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com