BCE mantém taxas de juro diretoras e interrompe ciclo de descidas

A taxa de depósitos permanece assim em 2,00%, o nível mais baixo desde o início de 2023.

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Carolina Pereira Soares com Lusa
24/07/2025 13:22 ‧ ontem por Carolina Pereira Soares com Lusa

Economia

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O Banco Central Europeu anunciou esta quinta-feira que vai manter as taxas de juro diretoras inalteradas, interrompendo  uma série de sete descidas consecutivas, que acontecem desde o início do ano.

 

A taxa de depósitos permanece assim em 2,00%, o nível mais baixo desde o início de 2023.

Hoje reunido em Frankfurt, na Alemanha, o Conselho de Governadores do BCE decidiu manter a taxa de juro aplicável à facilidade permanente de depósito nos 2,00%, enquanto as taxas de juro das operações principais de refinanciamento e da facilidade permanente de cedência de liquidez continuam em 2,15% e 2,40%, respetivamente.

No comunicado em que anunciou a manutenção do valor destas taxas diretoras, o Conselho do BCE refere que está "pronto para ajustar todos os instrumentos à sua disposição para garantir que a inflação se estabiliza na meta de 2% no médio prazo".

O Conselho do BCE considerou que a inflação está atualmente dentro deste objetivo e que as informações que tem recebido estão em linha com a anterior avaliação das perspetivas deste indicador. Mas deixa a ressalva de que não se vai "pré-comprometer com uma determinada trajetória para as taxas".

No entender dos governadores, as pressões sobre os preços internos "continuaram a diminuir, com os salários a crescerem mais lentamente".

Apesar de considerar que a economia "se tem provado resiliente num ambiente global desafiante", o Conselho do BCE aponta que este continua "excecionalmente incerto, especialmente devido aos conflitos comerciais".

Sete descidas consecutivas

Na última reunião de política monetária a 4 e 5 de junho, em Frankfurt, o BCE decidiu baixar a sua principal taxa de referência para 2,0%, tendo esta sido a sétima redução consecutiva (e a última).

Desde junho de 2024 que o BCE tem invertido o seu ciclo de restrição iniciado dois anos antes para combater a subida de preços, tendo a taxa de depósito passado de um recorde de 4,0% para 2,0%, um valor que não é considerado prejudicial para a economia.

A haver novas mexidas, serão deixadas para depois de agosto, com vários analistas a preverem um último corte de 25 pontos base que deixe a taxa de depósitos nos 1,75% antes do fim do ano.

Leia Também: BCE deve interromper hoje série de cortes e manter taxas de juro diretoras

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