CAP rejeita proposta para PAC e transmite posição a comissário europeu

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) discordou hoje da proposta apresentada pela Comissão Europeia para a Política Agrícola Comum (PAC) 2028-2034, tendo já comunicado a sua posição ao Comissário da Agricultura.

Reunião plenária da Comissão Permanente de Concertação Social

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Lusa
17/07/2025 14:52 ‧ ontem por Lusa

Economia

Agricultura

Em comunicado hoje divulgado, a CAP refere que a proposta apresentada pela CE "prevê um corte direto de 22% relativamente ao anterior quadro financeiro, agravado pela ausência de atualização face à inflação, o que eleva o corte efetivo para cerca de 35% a preços correntes".

 

A posição de "firme oposição a esta proposta" já foi transmitida ao comissário do setor, Christophe Hansen, tendo a CAP dito ainda que é uma "provocação aos agricultores portugueses e europeus e um ataque frontal à soberania alimentar da Europa".

A CAP entende que a proposta de nacionalização da PAC irá acentuar as desigualdades entre Estados-membros mais ricos e mais pobres e agravar as disparidades na competitividade agrícola, "colocando em risco o futuro do mundo rural".

A confederação disse ainda que vai lançar, em conjunto com a organização de cúpula dos agricultores europeus, a Copa-Cogeca, uma campanha junto do Parlamento Europeu para a rejeição desta proposta.

"Os agricultores portugueses e europeus vão lutar com todas as armas democráticas ao seu dispor para que seja reposta a justiça e apresentada uma nova proposta, com um orçamento robusto e que mantenha os princípios fundadores da PAC -- uma política de sucesso, pilar do projeto europeu e essencial para a autonomia estratégica da União Europeia", defendem.

Também já a Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) tinha criticado hoje a proposta para a PAC, considerando que terá "consequências perigosas" e põe em causa o apoio direto aos agricultores.

No âmbito do Quadro Financeiro Plurianual 2028-2034, o executivo comunitário avançou na quarta-feira com uma proposta para a PAC que prevê a junção dos atuais dois pilares (pagamentos diretos anuais e desenvolvimento rural, que dá apoios multianuais) em apenas um, de apoio ao rendimento dos agricultores focado em resultados.

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