Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a dona da TVI destaca o crescimento de 6% dos rendimentos operacionais, para 81,2 milhões de euros, impulsionados por um aumento de 3% nas receitas de publicidade e por uma "evolução positiva dos outros rendimentos operacionais, nomeadamente no segmento de televisão, digital e entretenimento".
Já os gastos operacionais (excluindo amortizações e depreciações) "mantiveram-se controlados" no período, totalizando 76,2 milhões de euros (+3%), permitindo ao grupo alcançar um EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) ajustado de 5,8 milhões de euros, mais dois milhões (+52%) do que nos primeiros seis meses de 2024.
No primeiro semestre, o EBITDA mais do que duplicou (cresceu 106%) para cinco milhões de euros, e o resultado operacional (EBIT) atingiu 1,6 milhões de euros, recuperando face ao valor negativo (-1,113 milhões de euros) do período homólogo.
Já o 'cash flow' operacional atingiu 11,3 milhões de euros, em resultado de um incremento de 15% dos recebimentos de clientes, e a dívida líquida recuou 9% (-2,6 milhões) em termos homólogos, para 27,2 milhões de euros, "mantendo-se em linha com os objetivos estratégicos definidos pelo grupo".
A empresa detalhou que o segmento de televisão, digital e entretenimento (incluindo a gestão e a venda de direitos musicais) registou um aumento de 8% dos rendimentos operacionais, para 77,3 milhões de euros, destacando a subida de 21% dos "outros rendimentos operacionais" (para 25,5 milhões).
Até junho, as receitas de publicidade subiram 3%, atingindo 51,8 milhões de euros, "impulsionadas pelo desempenho comercial e pelas audiências dos canais", enquanto os gastos operacionais (excluindo amortizações e depreciações) aumentaram 6%, "refletindo o crescimento da atividade e a atualização salarial".
O EBITDA no segmento de televisão, digital e entretenimento foi de 4,3 milhões de euros, um crescimento de 1,8 milhões face ao período homólogo.
Por sua vez, o segmento de produção audiovisual registou um total de rendimentos operacionais de 19 milhões de euros durante o primeiro semestre de 2025, recuando 6% face ao período homólogo, e um EBITDA de 336 mil euros, 9% acima dos 308 mil do período homólogo.
"No primeiro semestre de 2025 a Media Capital registou um EBITDA acima do previsto nas estimativas para este ano e do assinalado nos exercícios anteriores", refere o grupo, ressalvando que "o setor dos media continua em transformação acelerada" e afirmando-se "preparado para acompanhar a mudança constante destes tempos".
Antecipando "novas dinâmicas" na televisão portuguesa no segundo semestre, a Media Capital garante que "manterá uma gestão rigorosa dos seus custos e investimentos, com o objetivo de alcançar uma melhoria expressiva dos resultados até ao final do ano".
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