Rendibilidade do sistema bancário recua no 1.º trimestre. Que diz o BdP?

A rendibilidade do sistema bancário português atingiu 1,29% no primeiro trimestre deste ano, uma redução de 0,11 pontos percentuais face ao mesmo período de 2024, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).

Banco de Portugal

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Lusa
26/06/2025 16:12 ‧ há 3 horas por Lusa

Economia

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Na análise trimestral ao sistema, o regulador e supervisor bancário refere que a rendibilidade do ativo (ROA) e do capital próprio (ROE) caíram 0,11 p.p. e 1,54 p.p. em termos homólogos, para 1,29% e 13,94%.

 

A evolução destes indicadores "refletiu a redução da margem financeira, em particular a diminuição de juros e rendimentos similares em empréstimos a SNF [sociedades não financeiras] e particulares", ao passo que, em sentido contrário, destacou-se a redução de provisões e imparidades.

A quebra de 0,37 p.p. no resultado de exploração, em percentagem do ativo médio, para 1,74%, "resultou da redução da margem financeira e do aumento do ativo médio".

Na análise, o BdP assinala que entre janeiro e março o custo do risco de crédito baixou 0,05 p.p. em termos homólogos, para 0,14%, justificando-se com a "diminuição das imparidades de crédito, ainda que registando um ligeiro aumento face ao final de 2024".

O rácio de eficiência (custos face a receitas) aumentou 3,5 p.p., para 42,8%, uma variação atribuída ao aumento dos custos operacionais (2,2 p.p.) e à redução do produto bancário (1,4 p.p.).

Quanto à qualidade dos ativos, no primeiro trimestre do ano, o rácio de crédito malparado bruto ('NPL- non performing loans' na expressão técnica em inglês) diminuiu 0,1 pontos percentuais para 2,3%, inserida num quadro de estabilização dos empréstimos produtivos.

O rácio de malparado nas empresas baixou 0,2 pontos, para 4,0%, enquanto o rácio nos particulares para habitação recuou 0,1 pontos para 1,2%. No consumo e outros fins, o rácio aumentou 0,1 p.p. para 6,2%.

Já o ativo total do sistema bancário aumentou 1,6%, salientando-se os contributos dos títulos de dívida (1,6 p.p.) e dos empréstimos a particulares (0,6 p.p.), enquanto as disponibilidades em bancos centrais baixaram 1,0 p.p.

Os dados sobre a solvabilidade dos bancos deverão ser apenas divulgados em agosto, depois da extensão dos prazos de reportes de supervisão inseridos no novo quadro regulatório.

Leia Também: Endividamento da economia cresce para 829,5 mil milhões de euros

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