"Investimentos em criptomoedas, jogos de azar com retornos garantidos, empréstimos e cartões de crédito, mas também supostos produtos e dispositivos médicos que apresentam um sério risco para a saúde pública" são alguns dos golpes mais comuns nas redes sociais identificados pelo Observatório Europeu dos Media Digitais (EDMO).
De forma aumentar a credibilidade, estas publicações utilizam vídeos falsos ou 'links' para notícias clonadas, instituições e empresas confiáveis, bem como supostos 'sites' do governo.
O observatório cita o caso da página fraudulenta na Meta "Stories", criada a 16 de fevereiro, que exibe até hoje 2.100 anúncios, principalmente relacionados com produtos médicos não aprovados.
Embora grande parte dos anúncios tenham sido removidos por não cumprirem os termos de publicidade da Meta, a página original continua ativa na rede social.
"Outro exemplo relevante é a página "The Social Nest", criada em 17 de abril de 2025. Quando foi desativada, em 27 de maio, a página já tinha 500 resultados de anúncios: todos eles promoviam produtos para diabetes não aprovados, bem como um suposto produto para problemas nas articulações" lê-se na informação disponibilizada.
O observatório refere que este tipo de fraude conta com vídeos falsos para enganar os utilizadores, tendo inclusive o conteúdo sido veiculado em vários idiomas e direcionado a muitos países da União Europeia (UE).
"As páginas que promovem produtos fraudulentos geralmente podem ter um traje muito confiável. Este é o caso generalizado de esquemas fraudulentos de comércio eletrónico que se apresentam como empresas familiares estabelecidas há muito tempo", refere o observatório.
O EDMO diz ainda que no ano passado as autoridades e organizações europeias expressaram preocupação com a eficácia das medidas da Meta para enfrentar este tipo de fenómeno fraudulento.
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