Quanto lucraram os cincos maiores bancos que operam em Portugal?

Os cincos maiores bancos que operam em Portugal registaram lucros agregados de 1.218,6 milhões de euros até março, uma redução de 0,5% face ao mesmo período do ano passado.

Notícia

© Getty Images

Lusa
23/05/2025 10:55 ‧ há 7 horas por Lusa

Economia

Banca

 

 

Assim, os lucros de Caixa Geral de Depósitos (CGD), Santander Totta, Millennium BCP, Novo Banco e BPI desceram 6,5 milhões de euros no primeiro trimestre, quando comparado com o acumulado nos primeiros três meses do ano passado.

Para estes resultados continuou a contribuir a evolução da margem financeira, que diz respeito à diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos e que nos primeiros três meses totalizou 2.213,3 milhões de euros nestes cinco bancos.

Em termos homólogos, no entanto, a quebra foi de 7,7% (184,6 milhões de euros).

Dos cinco bancos analisados, apenas dois obtiveram lucros acima do registado um ano antes: BPI e BCP, enquanto os restantes apresentaram resultados líquidos mais baixos.

O aviso para o abrandamento ou reversão do crescimento dos lucros já tinha sido anunciada por quem encabeça o setor, uma vez que as taxas de juro diretoras, que tiveram subidas elevadas nos últimos anos, começaram a ter uma redução ditada pelo Banco Central Europeu (BCE).

A política monetária para o controlo de inflação depois da pandemia da covid-19 e agravada pela invasão russa da Ucrânia acabou por cumprir o seu propósito, com a taxa que mede a variação de preços nos consumidores, a manter-se nos 2,2% em abril, segundo o Eurostat, próximo da meta de 2%.

Agora, e com o desaperto das taxas de juro, as margens financeiras têm espelhado essa evolução, recuando em quatro dos cinco bancos -- a exceção foi o BCP.

Por entidade, a CGD foi o banco que apresentou os lucros mais elevados, com 392,5 milhões de euros, mas descendo 0,5%, não tendo passado ao lado da descida de 11,2% da sua margem financeira (636,3 milhões de euros).

Entre os privados, o Santander Totta foi aquele que apresentou lucros mais elevados desde o início do ano, somando resultados líquidos de 268,8 milhões de euros.

O banco liderado por Pedro Castro e Almeida registou uma descida dos seus lucros na ordem dos 8,7%, em termos homólogos, num trimestre em que a margem financeira se contraiu em 19,6%, para 354,2 milhões de euros.

O Millennium BCP viu os seus lucros subirem 3,9%, para 243,5 milhões de euros, quase em linha com a subida da margem financeira (3,6%, para 721,1 milhões de euros).

No 'pódio' dos bancos privados em Portugal, o Novo Banco lucrou 177,2 milhões de euros, apesar de uma quebra em termos homólogos de 1,9%.

O banco detido pelo fundo norte-americano Lone Star em que o Estado português tem uma participação direta e indireta de 25% apresentou uma quebra de 6,7% da sua margem financeira, que abrandou para 279,1 milhões de euros.

Por fim, o BPI, que entre os cinco teve os lucros mais baixos -- de 136,6 milhões de euros --, apresentou no entanto o maior crescimento homólogo, de 12,6%. No período em análise, e em termos homólogos, a margem financeira da instituição do grupo espanhol Caixabank recuou 9,4%.

Quanto aos trabalhadores e agências, os cinco maiores do setor bancário em Portugal contavam 25.460 funcionários e 2.203 balcões em território nacional. Em termos homólogos, são menos 136 trabalhadores e menos 16 balcões, uma variação que inverte nos trabalhadores quando comparado com o final de 2024 (+151, mas menos dois balcões).

No final de março, o Millennium BCP era o banco com mais funcionários (6.229), seguindo-se CGD (6.033), Santander (4.682), BPI (4.303) e Novo Banco (4.213).

Comparando-se com o trimestre anterior, no final de dezembro de 2024, só a CGD reduziu o seu número de trabalhadores (-34), tendo subido nos restantes, destacando-se Santander Totta e BPI com, respetivamente, mais 72 e 69 funcionários.

Em termos de agências, BPI (303), Novo Banco (290) e CGD (886) mantiveram o número de balcões em cadeia, enquanto Millennium BCP e Santander Totta reduziram o número em um cada, para 397 e 327.

Leia Também: Os 4 telemóveis dobráveis que deve escolher em 2025

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas