Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average subiu 1,34%, o tecnológico Nasdaq avançou 1,95% e o índice S&P 500, mais abrangente, avançou 1,47%, encerrando uma sequência de quatro dias de perdas.
"Houve alguns compradores de pechinchas na sexta-feira e, assim que os mercados mostraram hoje sinais de recuperação, recuperaram, porque ninguém quer perder um movimento de alta", detalhou Steve Sosnick, da Interactive Brokers, à agência France-Presse (AFP).
Steve Sosnick acredita que só esta recuperação técnica pode explicar a subida de Wall Street, dado que não foram divulgados hoje dados económicos importantes e "as expectativas para os cortes de juros (da Fed) não mudaram significativamente desde sexta-feira".
A grande maioria dos analistas espera que o banco central dos EUA corte as taxas em 0,25 pontos percentuais na sua próxima reunião de política monetária em setembro, de acordo com a ferramenta de monitorização da CME.
O motivo é um relatório do mercado de trabalho dos EUA pior do que o esperado, divulgado na sexta-feira, incluindo uma revisão acentuada em baixa dos números de criação de emprego, para níveis que não se viam desde a pandemia de covid-19.
"Dada a magnitude dos dados divulgados na sexta-feira e como estão a ter impacto nos preços de outros ativos financeiros importantes, é bastante surpreendente ver o mercado bolsista ignorá-los por completo", destacou Steve Sosnick.
Mas "já vimos os mercados bolsistas reagirem fortemente à menor oportunidade de compra antes", frisou o analista.
Sosnick apontou ainda que "os comerciantes e investidores ganharam muito dinheiro" deixando de lado os receios relacionados com as tarifas.
As novas tarifas de Donald Trump, a maioria das quais deverá entrar em vigor na quinta-feira, são "praticamente definitivas" e não deverão ser objeto de negociação imediata, salientou o representante norte-americano para o Comércio, Jamieson Greer, numa entrevista transmitida no domingo pela estação CBS.
No mercado bolsista, a marca de jeans American Eagle (subida de 23,65%, para 13,28 dólares) disparou, beneficiada pelos comentários elogiosos de Donald Trump sobre a sua campanha publicitária com a atriz Sydney Sweeney, que está a causar polémica.
"Sydney Sweeney, uma republicana registada, tem o anúncio mais quente do momento", escreveu Donald Trump, acrescentando que, graças a esta campanha, os jeans da marca estão a "vender como pão quente".
A fabricante automóvel Tesla (subida de 2,19%, para 309,26 dólares) foi alvo de interesse após ter concedido ao seu CEO, Elon Musk, 96 milhões de ações, no valor aproximado de 29 mil milhões de dólares. O enorme pacote de remuneração de Musk continua a ser alvo de uma batalha judicial.
A gigante chinesa de motores de busca Baidu (subida de 1,75%, para 87,64 dólares) beneficiou do anúncio de que iria lançar os seus robotaxis na aplicação norte-americana de partilha de viagens Lyft na Alemanha e no Reino Unido em 2026, iniciativa sujeita a aprovação regulatória.
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