Cerca de 82 mil associados já votaram nas eleições do Montepio

As eleições do Montepio estão a despertar forte interesse junto dos associados, com o recorde de votos por correspondência já batido, depois de 82 mil votos terem sido recebidos, revelou esta-quinta à agência Lusa fonte oficial do banco mutualista.

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Lusa
06/12/2012 19:43 ‧ 06/12/2012 por Lusa

Economia

Banco

Do universo de cerca de 500 mil associados com direito de voto, até ao final da tarde de hoje, quase 20% já tinham exercido esse direito através dos votos por correspondência, naquela que já é a maior votação de sempre nesta modalidade.

Na corrida à presidência estão duas listas, sendo a lista A encabeçada por António Tomás Correia, actual presidente do banco e a lista B liderada por Luís Alberto Silva, presidente da União das Mutualidades Portuguesas.

Entre os convites à continuidade lançados por Tomás Correia, que está à frente do banco mutualista há nove anos, e os apelos à mudança, apresentados pelo rival Luís Alberto Silva, a decisão sobre os destinos do conselho de administração está nas mãos dos mais de 500 mil associados do Montepio.

Há ainda uma terceira lista (C), liderada pelo economista Eugénio Rosa, que concorre apenas às eleições para o conselho geral do Montepio, que fiscaliza a actuação da administração.

Na lista A, é proposta a recondução do padre Vítor Melícias enquanto presidente da mesa da Assembleia Geral (AG) e, para o conselho fiscal, a escolha recai no ex-secretário de Estado Álvaro Pinto Correia.

Já na lista B, o professor de Direito José Gomes Canotilho é o nome apresentado para a presidência da mesa da AG, e Alberto Regueira é o escolhido para o conselho fiscal.

A comissão de honra da lista A é encabeçada pelo ex-presidente da República Ramalho Eanes, enquanto na lista B figura o ex-ministro das Finanças Luís Campos e Cunha.

O Montepio chega a este processo eleitoral num período conturbado da vida do banco, depois de, em Outubro, ter sido aprovada a revisão estatutária da instituição.

Alguns associados contestaram a legalidade de a proposta de alteração de estatutos ter surgido cinco anos depois de ter sido eleita uma comissão para, no prazo de três meses, aprovar uma proposta nesse sentido.

Por outro lado, ficaram insatisfeitos com a perda de poder para controlar a administração. De acordo com as anteriores regras, a AG era constituída pelos associados efectivos do Montepio (admitidos há mais de dois anos). À luz das novas regras, é formada pelos 23 "membros do conselho geral do Montepio Geral".

Este tema é um dos principais a opor Tomás Correia e Luís Alberto Silva. Embora este admita que a revisão dos estatutos fazia falta, considera que "é uma alteração gritante" o facto de o banco ser controlado "apenas por aqueles que estão na gestão", disse em Outubro.

Por seu turno, Tomás Correia propõe-se a continuar a desenvolver o mutualismo, implementar um novo modelo de governo no Montepio, desenvolver a cooperação e a política de sustentabilidade do banco, aumentar as sinergias e "diversificar e valorizar a actividade bancária e financeira ao serviço do mutualismo".

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